22 de Junho de 2020
Notícias
O setor sucroenergético foi diretamente atingido pela pandemia do coronavírus. A demanda por etanol caiu pela metade, o que agravou a situação de quem já acumulava perdas de 40% no preço do biocombustível.
O diretor técnico da Única, Antônio de Pádua, avalia que o impacto foi maior para o etanol do que para o açúcar, que, segundo ele, continua nos mesmo níveis de venda do ano passado. Já o do etanol caiu entre 30% e 35%.
Grupos mais capitalizados têm fôlego para armazenar a produção de etanol e até mudar o "mix" da indústria. Uma estratégia é produzir mais açúcar até passar o momento mais agudo da crise.
Em Olímpia (SP), uma usina de cana-de-açúcar espera colher 20 milhões de toneladas. Ela passou a processar 68% de açúcar, um aumento de 8% em relação à safra passada.
O Brasil deve exportar de 28 a 30 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, o equivalente a 50% da demanda global da commodity. Isso ocorre não só por causa do aumento da produção e da exportação. Outro motivo é que a safra da Tailândia, o segundo maior produtor mundial, sofre com uma seca que castiga o país.
As usinas da região sudeste do Brasil mudaram o "mix" de produção, mas ainda encontram limitação para atender à demanda. Sandro Henrique Cabrera, diretor administrativo de usina, conta que a pandemia coincidiu com o início da safra e não deu tempo para muitas indústrias se adaptarem.
Fonte: Nosso Campo, TV TEM/Portal G1 -19/06
Veja também
18 de Abril de 2024
Futuro do setor bioenergético brasileiro é tema de debate da Revista CanaOnlineNotícias
18 de Abril de 2024
Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de BiocombustíveisNotícias
18 de Abril de 2024
Produtores brasileiros de etanol podem ser os primeiros beneficiados da indústria de SAFNotícias