07 de Dezembro de 2018
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Desde 2016, a parceria entre a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) tem proporcionado vários cursos com o objetivo de aprofundar o conhecimento dos profissionais que atuam no setor elétrico nacional.
Na terça-feira (04/12), em São Paulo (SP), as duas entidades realizaram mais uma rodada, desta vez sobre a gestão de contratos com foco nos últimos leilões de energia de reserva em que a fonte biomassa participou. Ministrado pela executiva da CCEE, Bianca Marschal, a iniciativa reuniu 15 representantes de usinas e também filiados à Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN).
Segundo o gerente em Bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza, “o curso qualifica gestores do setor sucroenergético envolvidos diretamente no processo de comercialização da energia elétrica renovável gerada a partir da palha e do bagaço de cana”. Para o gerente de Capacitação da CCEE, Daniel Gomes, o objetivo da parceria é desenvolver treinamentos mais personalizados, incentivando a troca de experiências entre os instrutores da CCEE e os gestores no setor da bioeletricidade. “É uma forma de estimular a especialização dos agentes na gestão dos contratos advindos dos leilões regulados pelo Governo Federal”, comenta.
De acordo com a CCEE, a contratação da energia de reserva foi criada para elevar a segurança no fornecimento de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN). O último leilão em que a biomassa participou aconteceu em agosto de 2011. Na oportunidade, a fonte comercializou sete projetos em contratos que durarão até 2035.
O primeiro leilão de energia de reserva ocorreu em agosto de 2008 e foi um marco para a bioeletricidade, pois a fonte comercializou mais de 30 projetos. Em 2018, segundo Zilmar de Souza, apenas quatro projetos de biomassa da cana, correspondendo a 27 MW médios de energia, foram negociados nos leilões regulados de energia nova. “A partir de 2019, esperamos ter uma contratação mais regular e crescente para a bioeletricidade e o biogás, criando um ambiente mais favorável na viabilização de novos projetos de bioeletricidade sucroenergética”, comenta Souza.
De janeiro a novembro deste ano, a biomassa, da qual a indústria da cana tem, em média, quase 80% de participação, ofertou 25.370 GWh para o SIN, volume 5% superior ao mesmo período em 2017, equivalente a abastecer por mais de dois anos um país do porte do Uruguai.
Unica – 06/12/18
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