01 de Julho de 2019
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Há mais de três décadas no setor, Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford América do Sul, acompanhou os 20 anos da negociação entre Mercosul e UE. O desfecho foi considerado importantíssimo por ele, muito porque vem “de maneira bem gradual”.
No mercado automotivo, haverá carência de sete anos até que as alíquotas de importação, hoje em 35%, caiam. Para ele, é tempo para o país resolver o ajuste fiscal e se preparar para a revolução de carros autônomos e elétricos.
Após a aprovação do acordo, não vem redução tarifária por sete anos, mas no período há uma cota de importação de 50 mil veículos. “É uma cota pequena no contexto do mercado brasileiro, e é para o Mercosul”, diz.
Para Golfarb, é complicado para o país abrir um mercado como este quando a prioridade é a Previdência. “Após o sétimo ano, exportar e ter níveis altos de competitividade global não é uma questão de oportunidade, é sobrevivência. Temos de estar preparados.”
Dá para fazer, mas é preciso começar já, ele diz. “Hoje, a prioridade estratégica é ajuste fiscal, com razão, mas exportação tem que ser também. É como futebol: quem não ataca leva gol. Quando se faz um acordo dessa magnitude e se assume que em alguns anos a tarifa será zero, precisa estar afiado na competitividade dos seus produtos.”
O VP da Ford cita um tripé que daria poder à exportação, mas é insolúvel no curto prazo: 1) questão tributária, 2) crédito e 3) infraestrutura logística, nos aspectos de marco regulatório, cabotagem, portuário e outros.
Fonte: Painel Folha SP – 1/7
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