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Transporte de cana será obrigatoriamente com lona a partir de quinta-feira (1)

29 de Maio de 2017

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Caminhões canavieiros serão obrigados a circular em rodovias municipais, estaduais e federais com o material carregado coberto com lona ou tela a partir do próximo mês. No dia 1° de junho, passa a vigorar resolução de 618 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

A norma proíbe que veículos transportem a cana-de-açúcar sem a cobertura pelas estradas do País. A medida, conhecida como Lei do Enlonamento, teve o prazo para entrar em vigência adiado duas vezes desde 2013, a pedido do setor sucroalcooleiro.

Determinada pela resolução 441, do Contran, a cobertura das cargas de material sólido a granel é uma exigência desde meados daquele ano. O órgão chegou a publicar resolução que adiava até setembro de 2016 a obrigatoriedade para os caminhões canavieiros.

Porém, o conselho adiou a proibição da circulação dos veículos sem lona ou tela para junho de 2017, conforme publicado no Diário Oficial da União, em setembro do ano passado.

Naquele ano, o GMEC (Grupo de Mecanização do Setor Sucroenergético), por meio da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e do Fórum Sucroenergético, solicitou que a obrigatoriedade fosse postergada para dar um intervalo maior para o setor se adequar à legislação.

O presidente do GMEC, Wilson Agapito, informou, na época, que o tempo era insuficiente para permitir a inserção de dispositivos que possibilitassem o uso de lonas ou telas em mais de 23 mil gaiolas canavieiras pelo Brasil.

Repercussão

Para a Unica-SP, a prorrogação foi essencial à disponibilização de tecnologias e mecanismos para a realização da cobertura de carga em escala comercial. Em nota, o órgão enfatizou que um novo adiamento da obrigatoriedade não será solicitado.

Apesar de garantir que todo o setor será orientado a utilizar a cobertura nas carrocerias, apoiando a fiscalização e a autuação de empresas responsáveis, a Unica-SP diz que a adequação da medida foi onerosa para o setor, por demandar “recursos de natureza extraordinária”.

Afirma a entidade: “Considerando que estamos diante de uma frota de 23 mil veículos utilizados no transporte canavieiro apenas na região centro sul, estima-se investimentos da ordem de R$ 230 mil apenas para o equipamento (sem considerar mão de obra e tempo adicional na operação)”.

(Fonte: Folha da Região – 29/05/17)

 

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