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Sindaçúcar conta com o Projeto de Lei RenovaBio para estabilizar setor

21 de Novembro de 2017

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O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério, aposta no Projeto de Lei RenovaBio, que está em tramitação no congresso nacional, para a "salvação do etanol", o que, segundo ele, irá garantir o mercado para as indústrias sucroalcooleiras de Alagoas. Para Pedro, "o setor está passando pela sua pior fase". 

As apostas para a "salvação do etanol" estão voltadas ao projeto de lei RenovaBio, de incentivo à produção de biocombustíveis. Para Pedro Robério, "é o maior movimento em defesa do combustíveis renováveis no mundo".

O programa irá favorecer a cultura do álcool, por promover a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, comercialização e uso de biocombustíveis. "É o reconhecimento do valor do etanol na capacidade de descarbonização da atmosfera, consequentemente, a diminuição do efeito estufa" conta ele.

Segundo Pedro Robério "esta é a pior crise da história no setor sucroalcooleiro alagoano", ele explica que, a crise que iniciou em 2008, e teve como causa uma série de retrocessos econômicos, como a crise financeira internacional, o congelamento do preço da gasolina e por consequência o do álcool e, principalmente, a seca.

Alagoas têm 18 indústrias de cana de açúcar, porém, suas capacidades industrial são maior que a quantidade de produção da cana. Pedro conta que "o Estado saiu da produção de 27 milhões de toneladas de cana, para cerca de 15 milhões, diminuindo a quase metade do potencial que o Estado sempre teve", ele avaliou, ainda, que as 18 unidades de produção não são necessárias para a quantidade de produto. "Talvez não fosse necessário ter funcionando as 18 unidades [industriais], deveríamos repensar na quantidade de unidades", disse ele na entrevista.

O presidente do Sindaçucar cita a abertura do mercado para o etanol do milho ao invés do produzido pela cana-de-açúcar, como um dos principais empecilhos para o crescimento da economia em Alagoas. Segundo ele, o produto à base do milho é mais barato e sua entrada é descontrolada. Além desses fatores, Pedro destaca que o produto foi banido em outros continentes.

"Entrou de janeiro pra cá, de uma só vez, uma quantidade quase igual a produção do nordeste. Acaba que este produto inunda o nosso mercado e faz com que o nosso produto doméstico não seja vendido ou, pelo menos, seja vendido a posteriori", disse.

(Fonte: Programa Conjuntura TV Mar – 20/11)

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