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Setor sucroenergético nordestino também se prepara para o RenovaBio

30 de Janeiro de 2020

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A Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar (Coaf), de Pernambuco, é uma das unidades que estão em processo de certificação

A melhor remuneração do etanol, nas últimas três safras, fez com que o Nordeste deixasse de ser mais açucareiro

Para Renato Cunha, presidente-executivo do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) e da Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia (Novabio), o RenovaBio é um grande mecanismo privado de precificação desses títulos (CBIOs) que tem por objetivo investir na produção limpa e sustentável do etanol de acordo com as exigências hoje do mundo moderno, que passa também por uma matriz de combustíveis cada vez mais limpos.

“As metas são claras. São ascendentes de crescimento. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPF) fixou uma meta de 11% da meta de descarbonização para 2029. Então, é um caminho privado, com a regulamentação do setor público, é uma conjugação moderna entre público e privado com vistas a tentar investimento de origem privada na produção limpa de biocombustíveis. É um mecanismo engenhoso, consistente e sustentável”, salienta Cunha.

“O RenovaBio é um mecanismo engenhoso, consistente e sustentável”, salienta Cunha

E é por isso que as usinas estão aderindo ao programa. “No Nordeste são 56 usinas em atividade e mais de 15 estão em processo adiantado de credenciamento. As unidades sucroenergéticas nordestinas apresentam alguns pontos relevantes para a conquista de CBios, como a logística, já que estão próximas dos postos de combustíveis, o que reduz o consumo de diesel no transporte do etanol”, observa o Presidente-Executivo da Novabio.

Entre as unidades do Nordeste que estão em processo de certificação está a Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar (Coaf), antiga usina Cruangi, localizada em Timbaúba.  Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf, conta que contrataram uma certificadora para preparar a empresa para o RenovaBio: trabalhar a questão agrícola, com a finalidade de substituir alguns tipos de fertilizantes, reduzir o consumo de óleo diesel, e minimizar no processo de produção de etanol as práticas que geram mais emissões de carbono.

Alexandre Andrade Lima conta que a Coaf contratou uma certificadora para preparar a empresa para o RenovaBio

“O Nordeste, com a melhor remuneração do etanol nos últimos três anos, deixou de ser tradicionalmente açucareiro, passando a destinar mais cana para a produção de etanol. Tendência que vai se fortalecer com o RenovaBio”, comenta Alexandre Andrade Lima, que também é presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool.

 

Fonte: Cana Online – 30-01

 

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