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Setor preserva cerca de 200 mil hectares em MG

10 de Dezembro de 2018

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O setor sucroenergético de Minas Gerais se desenvolveu nos últimos 10 anos preocupado com a preservação ambiental, o que lhe conferiu um alto grau de sustentabilidade. Várias ações foram implementadas para que chegasse, hoje, aos 200 mil hectares de área preservada entre reserva legal, reflorestamento, recomposição de área de preservação permanente (APP), corredores ecológicos e criação de Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPN).

 

Toda essa composição florestal equivale, por exemplo, ao Parque Nacional da Serra da Canastra ou à soma das áreas ocupadas pelos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Betim, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo e Confins.  “A moagem de cana no estado cresceu 52% nos últimos 10 anos, com aumento da área preservada”, destaca o gerente Ambiental da SIAMIG, Jadir Oliveira.

 

Um levantamento desenvolvido pela Gaia Consultoria em 20 usinas localizadas no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas (abrangendo 34 municípios) e onde a produção mais cresceu, foram plantadas 3,2 milhões de árvores (uma média de 400 mil mudas/ano) para reflorestamento, recomposição de áreas de preservação permanente (APPs) e formação de corredores ecológicos, correspondendo a uma extensão em torno de 3 mil hectares.

 

Nestes últimos 10 anos, foram criadas, também, cinco RPPNs, que correspondem a 27 mil hectares de nascentes, veredas, rios, córregos e floresta de área protegida. Somados aos 170 mil hectares de reserva legal (correspondente a 20% da área de cana) chega-se à impressionante área de 200 mil hectares.

 

Além de proteger as florestas e os diversos mananciais, a grande recomposição florestal realizada pelo setor sucroenergético no estado, principalmente, no Triângulo Mineiro, promoveu o aparecimento de pelo menos 25 espécies de animais, grande parte com risco de extinção. De acordo com Guilherme Barreto, nas áreas do entorno do canavial, por exemplo, a fauna vem sendo enriquecida com a ocorrência dos grupos da mastofauna, ornitofauna e herpetofauna. Essas espécies, dificilmente, eram visualizadas nas áreas de vegetação nativa próximas aos canaviais ou até mesmo no canavial, passando a serem facilmente encontradas nos trabalhos de campo, inclusive dentro do pátio industrial de algumas usinas.

 

De acordo com Guilherme Barreto, ocorreu uma melhoria dos habitats dos animais, favorecendo os deslocamentos e criando nichos para abrigo, pousio, reprodução e alimentação de espécies mais sensíveis às ações antrópicas.

“Pode-se inferir, neste sentido, que os projetos de constituição de corredores ecológicos e de reflorestamentos, desenvolvidos pelas usinas de MG, constituem-se em importantes ações para a conservação da qualidade ambiental, colaborando para preservação e perpetuação da flora e da fauna”, afirma Guilherme Barreto.

 

Ações implementadas para recomposição da flora e preservação da fauna

 

ü  Eliminação da queima de cana e mecanização da lavoura

ü  Recuo da cultura da cana de açúcar e recomposição das áreas de APP

ü  Plantio de mais de 3,2  milhões de árvores em projetos de reflorestamento;

ü  Implantação de corredores ecológicos.

ü  Criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN

 

Resultados sustentáveis

 

ü  Preservação ambiental e maior geração de oxigênio e redução dos gases do efeito estufa

ü  Proteção dos recursos hídricos, o que permite maior quantidade e qualidade da água

ü  Contribuição para evitar secas extremas e enchentes em benefício de toda a sociedade

ü  Enriquecimento da flora e da fauna local

 

Animais encontrados no canavial e nas áreas de preservação permanentes do entorno

Tamanduá-bandeira

Onça-pintada

Onça-parda

Gato-mourisco

Gato-do-mato

Jaguatirica

Lobo-guará

Anta

Catetu

Queixada

Veado-campeiro

Cervo

Lontra

Guigó

Tatu-canastra

Arara-canindé

Arara-vermelha

Curió

Mutum-do-cerrado

Cabeça-seca

Araçari-castanho

Cigarra-do-campo

Ema

Tuiuiu

Colhereiro

 

 

RPPN’s – Setor Sucroenergético

Área (hectares)

RPPN Porto Cajueiro (Usina Coruripe)

6.190,00

RPPN Vereda da Caraíba (Usina Santo Ângelo e outros)

10.368,38

RPPN Aldeia (Grupo Delta Sucroenergia)

7.341,57

RPPN Vale da Luciânia (BIOSEV)

2.896,08

RPPN Fazenda Lagoa (Usina Monte Alegre)

291,56

Total

27.087,59

 

Fonte: Jornal Canavial [SIAMIG] - Set a Dez Nº39

 

 

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