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Sensores prometem aumentar eficiência das aplicações de insumos e corretivos

23 de Agosto de 2017

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Estudos recentes mostraram que apenas 45% da agricultura brasileira utiliza alguma técnica de Agricultura de Precisão. Destes, somente 15% as utiliza na questão de monitoramento da fertilidade do solo. Valor este que, segundo o especialista em produção de biomassa do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Guilherme Martinelli Sanches, é extremamente baixo.

“Essa prática agrícola possibilita, por meio do uso de tecnologias disponíveis, identificar variabilidade no vigor de vegetação dentro de cada talhão da plantação e adquirir proveitos econômicos e ambientais.”

Ocorre que os solos de uma propriedade agrícola nem sempre apresentam uma composição uniforme, e podem apresentar áreas de diferentes características físico-químicas e necessitar de quantidades diferenciadas de corretivos agrícolas. Entretanto, o que ocorre, na maioria das vezes, é uma aplicação de produtos de maneira uniforme, sem que sejam levadas em consideração essas particularidades.

“Muitos tratam seus talhões como se eles fossem todos iguais, quando, na verdade, não são. O correto é identificar essa variabilidade e aplicar manejos diferenciados para atingir o potencial produtivo de cada área”, explica o especialista.

Uma tecnologia que pode auxiliar na identificação dessa variação acaba de chegar ao mercado nacional. Trata-se de um sensor de condutividade elétrica aparente do solo, que identifica as propriedades do solo, por meio da corrente elétrica emitida e captada pelo equipamento. “A corrente elétrica emitida por esse sensor é influenciada pelas propriedades daquele solo.

Uma superfície mais condutiva indica um solo mais argiloso, pois, por possuir partículas menores, estas são mais agregadas e, com isso, conduzem melhor a eletricidade”, exemplifica. Essa tecnologia permite gerar um mapa de condutividade elétrica aparente do solo, auxiliando na identificação das características de fertilidade de cada área e apontando zonas de manejo específicas.

“Esses sensores possuem padrões espaciais e temporais muito bons, ou seja, não precisarei utilizá-los todos os anos, mas sim, a cada cinco anos aproximadamente. Além disso, sua aplicação é rápida, mapeando 100 hectares em apenas oito horas.”

(Fonte: CanaOnline – 23/08/17)

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