09 de Dezembro de 2016
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O mercado de máquinas agrícolas vai fechar o ano com vendas acima das expectativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Entre janeiro e novembro último, foram comercializadas 38,8 mil unidades no país, retração de 9,3% sobre igual período de 2015, segundo a entidade. Embora a queda acumulada persista, o ritmo é mais lento do que o esperado pelo segmento.
Para todo o ano, a Anfavea previa um recuo de 15,5% nas vendas de máquinas em relação a 2015, para 38 mil unidades. Diante do resultado até novembro, a expectativa agora é de redução abaixo de 10%. "As vendas internas neste ano devem cair abaixo dos 10% na comparação com 2015. Para o ano que vem, nós devemos ver a primeira recuperação. Ainda uma recuperação modesta, mas fecharemos no positivo, com algum crescimento", afirmou Antonio Megale, presidente da Anfavea, ontem (6). O dirigente, no entanto, não divulgou números para o próximo ano.
Para ele, as vendas externas deverão ser um destaque para o setor de máquinas agrícolas em 2017. Megale afirmou que o atual preço das commodities e o patamar do dólar ante o real dão competitividade para o setor, o que deve incentivar as vendas a outros países. "Há um esforço grande das empresas no sentido de abrir novos mercados. Estamos conseguindo colocar nossos produtos em países e continentes que antes a gente não tinha tanta tradição, como é o caso de vários países da África. Então, temos uma boa perspectiva para o mercado externo também", afirmou.
A previsão de clima favorável para a produção de grãos na safra 2016/17 corrobora as expectativas positivas para o setor agrícola no próximo ano. De acordo com previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de grãos deverá ficar na faixa entre 210,9 milhões e 215,1 milhões de toneladas.
Mesmo se a previsão menos otimista for confirmada, um novo recorde histórico será batido. "O setor está indo muito bem. Óbvio que o desempenho passa pelas questões climáticas que nesta safra têm convergido para boas perspectivas", comentou.
Megale destacou, também, que a expectativa de estabilidade na oferta de recursos para financiamento no setor reforça a perspectiva de início de uma recuperação das vendas de máquinas no mercado interno em 2017.
(Fonte: Valor Econômico – 07/12)
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