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Seca e incêndios no canavial estão matando a socaria

19 de Julho de 2018

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Já faz quase 50 dias que não chove na região de Ribeirão Preto, SP, principal produtora de cana-de-açúcar do país. O cenário de estiagem não é muito diferente em outras regiões canavieiras. O período de seca deste ano tende a ser um dos mais críticos para as lavouras de cana-de-açúcar.

O resultado não é nada bom para o setor, a ausência de chuvas acelera o ritmo da colheita, deixando a cana-soca exposta ao sol escaldante e a seca prolongada, dificultando a brotação ou até causando a morte da socaria.

Para piorar o quadro, com a seca é grande ocorrência de incêndios criminosos ou acidentais em área de cana-soca, muitos deles tão agressivos que dizimam a brotação.

O fogo passou a ser um sério problema para o setor, tanto que altos investimentos estão sendo feitos para reduzir o problema. É o caso da Associação dos Fornecedores de Cana do Oeste Paulista (Canaoeste) que adotou uma Tecnologia de monitoramento 24h em tempo real que permite detectar focos de incêndio com alta precisão.

Na manhã desta quinta-feira (19), a associação lançou, em sua sede em Sertãozinho, o Programa de Prevenção e Monitoramento 24h de Incêndio nas Lavouras. A nova tecnologia mostra os locais com maior risco de incêndio, direção do vento, topografia e até mesmo focos de incêndio com alta precisão. Caso a ferramenta detecte algum foco de incêndio, a equipe de suporte da Canaoeste entra em contato com a usina, vizinhos e o proprietário da lavoura para informar o ocorrido e as providências que foram tomadas.

Para o gestor corporativo da Canaoeste, Almir Torcato, um ponto que aflige todos os produtores é a questão das multas ambientais devido aos incêndios. "Somos a primeira associação a fazer esse monitoramento 24 horas por satélite para prevenir a queimada e, além da prevenção, a ferramenta permite o lastro de provas para a questão de defesas ambientais. O compromisso da Canaoeste é levar o que há de melhor para os associados, seja na área técnica-agronômica, jurídica e ambiental", destaca.

Até o momento, mais de 130 mil hectares de cana são monitorados pela ferramenta.

Fonte: CanaOnline – 19/07/2018

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