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Safra de cana terá avanço de 6% este ano no MS

01 de Fevereiro de 2019

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O motivo para a superprodução de etanol em Mato Grosso do Sul é uma safra produtiva de cana-de-açúcar que já superou em 6% o total produzido no ciclo anterior. O volume processado de cana nas usinas sucroalcooleiras saltou de 46,9 milhões para 50 milhões de toneladas processadas até o momento, segundo dados da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).

De acordo com presidente da entidade, Roberto de Hollanda Filho, outros índices da produção regional também impulsionaram o desempenho. “Além do resultado geral positivo, temos aumento de 26% na produção de etanol hidratado e uma queda de 9% no anidro. Além disso, o mix de produção também foi alavancado e, da safra passada para atual, a destinação da cana para processamento de etanol aumentou de 73% para 84%”, detalha.

O dirigente da Biosul explica que o Estado apresenta algumas peculiaridades que levam as usinas a trabalharem durante toda a safra. “Na maioria dos estados do Centro-Sul, o processamento terminou em dezembro. Aqui a situação se modifica em razão do regime climático inconstante, então, as agroindústrias já se adaptaram para atuar durante todo o ciclo”, argumenta.

Açúcar

Outro diferencial da safra sul-mato-grossense diz respeito à produção de açúcar, que terá uma queda de 64% na produção em relação ao ciclo 2017/2018. “Até o momento, foram processadas 613 mil toneladas de açúcar, contra 1,3 milhão de toneladas na safra passada. Essa retração é resultado dos preços praticados no mercado internacional, que diminuíram muito, então o produto deixou de ser tão atrativo quanto é o etanol, por exemplo”, observa Hollanda.

Quanto aos preparativos para a próxima safra, o presidente da Biosul antecipa que o planejamento está na fase de identificação territorial, renovação de canaviais e identificação das variedades mais produtivas e adaptadas ao clima do Estado. “O plantio para o próximo ciclo já começou, mas estamos focados em selecionar cultivares de cana que sejam resistentes às mudanças climáticas locais. A Biosul tem acompanhado os testes e, em breve, teremos novidades”, finaliza.

Correio do Estado – 31/01/2019

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