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Retração da produção industrial em Minas foi a maior do país

12 de Dezembro de 2016

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A produção industrial recuou em 11 dos 14 locais investigados na passagem de setembro para outubro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda registrada em Minas Gerais foi de 7,6% – a mais alta entre as localidades avaliadas. Os outros destaques negativos foram: Pará (-4,2%), Goiás (-3%), Amazonas (-2,5%), São Paulo (-2,4%) Santa Catarina (-2,1%), Região Nordeste (-1,2%), Rio Grande do Sul (-1%), Espírito Santo (-0,6%), Ceará (-0,3%) e Bahia (-0,3%). Por outro lado, fecharam no azul os estados do Rio de Janeiro (3,4%), Paraná (2,7%) e Pernambuco (1,5%). A média de retração para o país foi de 1,1%.

Na comparação com o mesmo mês de 2015, em outubro a indústria teve perdas em 13 dos 15 locais investigados, segundo o IBGE. No maior parque industrial do País, São Paulo, a queda foi de 6,5%, retração menos acentuada do que a média nacional, de 7,3%. Os demais recuos foram registrados por Mato Grosso (-21,6%), Espírito Santo (-15,4%), Goiás (-13,7%), Minas Gerais (-11,1%), Amazonas (-8,6%), Ceará (-7,5%), Bahia (-7,4%), Santa Catarina (-4,9%), Rio Grande do Sul (-4,4%), Região Nordeste (-2,6%), Paraná (-2,2%) e Pernambuco (-0,7%). Na direção oposta, houve aumento na produção do Rio de Janeiro (5,7%) e Pará (2,4%).

De acordo com o IBGE, a queda mensal de outubro, em Minas marcou a 31ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais elevada desde janeiro de 2016 (-17,8%). Houve queda em 10 das 13 atividades pesquisadas e as principais influências negativas sobre a média da produção industrial mineira foram observadas nos setores de indústrias extrativas (-12%), pressionada pelos itens minérios de ferro em bruto ou beneficiados, e de veículos automotores, reboques e carrocerias (-33,4%), pressionado pelos itens de automóveis e veículos para transporte de mercadorias. “Vale destacar que o desempenho negativo do setor extrativo mineiro ainda está sendo influenciado pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Mariana e o desempenho negativo do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias foi afetado por uma paralisação em grande empresa do setor em outubro de 2016”, destacou relatório do instituto.

Outros recuos importantes foram observados em Minas nos ramos de produtos alimentícios (-7,4%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,4%), de metalurgia (-5,0%), de produtos do fumo (-33,3%), de produtos de metal (-17,0%) e de produtos de minerais não metálicos (-11,4%). Por outro lado, o setor de produtos têxteis (11,6%) exerceu a principal influência positiva sobre o total da indústria mineira.

Segundo o IBGE, no índice acumulado do período janeiro a outubro, o setor industrial de Minas Gerais também recuou 7,4% frente a igual período do ano anterior: nove dos 13 ramos pesquisados apontaram queda na produção. No acumulado em 12 meses concluídos em outubro, a queda da produção industrial mineira foi de 7,9%.

(Fonte: Estado de Minas – 10/12)

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