18 de Janeiro de 2019
Notícias
A redução no preço dos combustíveis ainda é a principal reivindicação dos caminhoneiros brasileiros, de acordo com levantamento (íntegra) da CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgado nesta 4ª feira (16.jan.2018). Do total de entrevistas, 51,3% consideram essa demanda como a mais urgente da categoria.
A CNT entrevistou 1.066 profissionais de 28 de agosto a 21 de setembro –após a greve dos caminhoneiros– para definir o perfil dos profissionais.
As oscilações no preço do diesel foram o principal motivo da paralisação dos caminheiros em maio de 2018. Desde julho de 2017, a Petrobras reajusta os combustíveis de acordo com as cotações de câmbio e do barril do petróleo no mercado internacional.
Para pôr fim à paralisação, o governo tomou uma série de medidas, entre elas a subvenção do preço do diesel, que venceu no fim de dezembro, e o tabelamento do frete rodoviário, ainda em vigor.
No entanto, os dados apontam que a maioria dos profissionais não ficaram satisfeitos com as ações do governo. De acordo com o levamento, 56% dos caminhoneiros não aprovaram as medidas implementadas.
Das entrevistas, 65,3% participaram da paralisação e 64,4% deles foram informados sobre a greve via o aplicativo de mensagens WhatsApp.
Entraves
Além do preço do diesel, os caminhoneiros apontaram que roubos e assaltos são os principais entraves para exercerem a profissão. Entre as demandas, destacaram a necessidade de mais segurança nas rodovias (38,3%) e financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos (27,4%).
Entre os pleitos também está o aumento do valor do frete. Desde maio, os valores devem seguir o preço mínimo de frete, que será atualizado pelo Ministério da Infraestrutura até o próximo dia 20 de janeiro.
Rotina intensa
A rotina dos motoristas é intensa. De acordo com a pesquisa eles trabalham, em média, 11,5 horas por dia e 5,7 dias por semana, chegando a rodar mais de 9.000 km por mês. Entretanto, 62,9% dos profissionais consideram que a demanda pelos serviços reduziu em 2018.
O mercado de trabalho dos caminhoneiros é essencialmente masculino. O levantamento mostrou que 99,5% são homens, com a média de idade de 44,8 anos. Em geral, os motoristas estão na estrada há 18,8 anos e ganham cerca de R$ 4.600 por mês.
Já a idade média dos caminhões utilizados para o serviço é de 15,2 anos. Sendo que, entre os autônomos, 47% adquiriram seus veículos por meio de financiamento.
Poder 360 - 18/01/2019
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