12 de Julho de 2018
Notícias
Mais de mil focos em SP em 2018, contra 470 de 2017 todo, segundo dados do Inpe. No mês, mais de 200 e só ontem, no Estado, 35 focos. Safra de 560 a 575 mi/t, média de alguns análises, já menor, com estiagem prolongada, cana velha, e de colheita mais curta, continua prejudicada.
“A maioria dos incêndios que ocorrem aqui são provenientes de atos criminosos e de pessoas que não estão envolvidas com a cana”, explica a empresária Elisangela Mendes Sarpa, sócia-proprietária do Grupo Bom Retiro, de Artur Nogueira, SP. Isso implica em prejuízos tanto para a população, que sofre com a fuligem, quanto para a empresa, que interrompe seu ciclo de produção e perde material.
“Diferente do que se pensa, os incêndios não acontecem só em áreas onde a cana está pronta para ser colhida. Eles acontecem em todos os locais, desde onde a planta ainda não atingiu sua maturidade quanto onde a planta ainda está em crescimento”, explica.
“Informar a população sobre os prejuízos das queimadas é importante pois nem sempre os incêndios são intencionais”, diz Elisângela. A palha da cana é altamente abrasiva, o que significa que é fácil de pegar fogo, por isso todo cuidado é pouco. Com o crescimento da área urbana as plantações são mantidas muito próximas a população. De acordo com ela, bitucas de cigarro, espelhos, óculos quebrados e lixo doméstico são materiais geralmente encontrados pelos funcionários perto de locais onde os incêndios começam. “É difícil de acreditar que as pessoas são responsáveis pelos incêndios, que causam mal a eles mesmos”, finaliza.
O Grupo Bom Retiro trabalha junto à população para eliminar esses incêndios clandestinos e melhorar a qualidade de vida de todos. A empresa, que completa 60 anos, mantém equipes de plantão preparadas para combater focos de incêndios em suas áreas, tanto acidentais como também criminosos e investe em alta tecnologia que planta e colhe a cana sem danificar o meio ambiente e a vida que impera nele.
Desde janeiro deste ano, uma liminar da Justiça de São Paulo proíbe as queimadas na colheita de cana-de-açúcar no interior do estado. Essa prática, que facilitava o corte manual da cana e era regulamentada pela Lei nº 11.241/02, foi gradualmente substituída pelo uso de maquinários que facilitam ainda mais a colheita e a fazem em um tempo menor.
“As máquinas garantem a colheita sem a necessidade de uso de queimadas e com um melhor aproveitamento da cana, contribuindo portanto com um imenso ganho na emissão de gás carbônico que prejudica o meio ambiente”, afirma Elisangela Mendes Sarpa, sócia-proprietária do Grupo Bom Retiro.
Fonte: Notícias Agrícolas/O Nogueirense – 10/07/2018
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