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Receita de impostos reage com a gasolina mais cara

21 de Setembro de 2017

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A Receita Federal anunciou nessa quarta-feira (20) aumento de 10,78% da arrecadação de impostos e contribuições federais em agosto, medida em termos reais, portanto descontada a inflação, ante o mesmo mês de 2016.

Segundo o fisco, a cifra refletiu a melhora da atividade econômica, o aumento do imposto sobre os combustíveis, o PIS-Cofins e os trabalhos da administração tributária.

O valor total arrecadado foi de R$ 104,2 bilhões, sendo que R$ 102,2 bilhões são de receitas administradas pelo órgão. Trata-se do melhor desempenho para o mês desde 2015. Frente a julho último, no entanto, houve queda de 5,4%.

As cifras nos oito primeiros meses do ano também representaram avanço sobre 2016. De janeiro agosto, a Receita Federal contabilizou ganho de R$ 862,7 bilhões, 1,73% a mais na comparação com idêntico período do ano anterior.

Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, disse que a recuperação da atividade econômica e os trabalhos da administração tributária foram “os que mais contribuíram” para a arrecadação.

De acordo com o fisco, todos os tributos apresentaram resultados positivos, ante agosto do ano passado. Contribuiu, particularmente, a elevação do recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo setor automotivo.

Para o mês que vem, Malaquias afirmou que a expectativa continua sendo positiva, em razão da “natureza dos rendimentos” que produziram a arrecadação. “Nós acreditamos que é um movimento que veio para se consolidar”, alegou. “A recuperação econômica já está sinalizada pelos indicadores da arrecadação”, completou.

Em julho, o governo federal aumentou o tributo PIS-Cofins sobre os combustíveis. O resultado de agosto mostrou que houve arrecadação de R$ 1,851 bilhão, 72% maior que a registrada no mesmo mês de 2016.

A reação da arrecadação de tributos federais em agosto foi puxada pelo melhor desempenho nas receitas obtidas com Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e PIS/Cofins.

O programa de regularização tributária, mais conhecido como Refis, permitiu apuração de R$ 3,017 bilhões a mais para os cofres públicas.

Malaquias afirmou que a melhora na atividade econômica é mais clara quando se analisa os números do mês, excluídos os efeitos do Imposto de Renda, do Refis e elevação de tributo.

“Ainda assim, a arrecadação de agosto é 5,57% a mais que agosto do ano passado”, destacou.

(Fonte: Estado de Minas – 21/09/17)

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