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Raízen e Wilmar decidem encerrar parceria em trading de açúcar, diz agência

06 de Julho de 2020

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A Raízen — joint venture entre Cosan e Shell —, maior produtora de açúcar do mundo, e a trading asiática de commodities Wilmar International decidiram encerrar a parceira que mantêm na joint venture RAW, que atua no mercado internacional da commodity, informou na quinta-feira a Reuters.

A joint venture, que pertencia metade a cada empresa, foi formada em 2016 como uma medida para combinar esforços da maior produtora de açúcar bruto com uma das maiores tradings do produto.

A dissolução da companhia, que buscava rivalizar com a líder de trading Alvean, joint venture entre Cargill e Copersucar, vai deixar o mercado mais fragmentado, com mais players podendo originar o açúcar da Raízen.

De acordo com uma das fontes consultadas pela Reuters, as visões que Raízen e Wilmar compartilhavam em 2016 mudaram. A fonte disse que a Raízen desejava que a joint venture evoluísse em termos de oportunidades compartilhadas de investimentos —o que nunca aconteceu, levando a companhia a explorar novas áreas sozinha.

Uma outra fonte disse à Reuters que, apesar do fim da joint venture, as duas empresas planejam continuar fazendo negócios. Mas a estrutura, com escritórios em São Paulo e na Europa, não existirá mais.

Procurada pela agência, a Raízen disse que não comentaria o assunto neste momento. A Wilmar não respondeu a pedidos por comentários.

A RAW se tornou um grande “player” do mercado global de açúcar quando foi formada. A empresa negociava toda a produção de açúcar de alta polarização ( VHP, na sigla em inglês inglês) da Raízen, que ultrapassa os 3 milhões de toneladas, além do volume originado pela própria Wilmar —o que levava a quantidade total a quase 4,5 milhões de toneladas, considerando apenas o açúcar do Brasil.

 

Fonte: Valor Econômico - 03/07

 

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