Notícias

Queda do petróleo não deve ser estrutural, diz presidente da Cosan

10 de Março de 2020

Notícias

O presidente da Cosan, Marcos Lutz, disse nesta segunda-feira que a desvalorização atual do petróleo é “demasiada”, diante dos custos de produção no mundo.

As cotações caíram hoje mais de 20% após a Arábia Saudita deflagrar uma guerra de preços depois em reação à recusa russa em cortar a produção.

“A queda não deve ser estrutural deste tamanho, desta magnitude. Por outro lado, a mudança de câmbio pode ser mais estrutural”, afirmou o executivo, em conversa com jornalistas após as apresentações do Cosan Day.

Lutz, que está de saída da presidência da Cosan, afirmou que sua substituição é natural, que a cultura do grupo será preservada e que a transição coroa o processo de maior independência de cada negócio do grupo.

Quem passará a comandar a empresa é Luiz Henrique Guimarães, executivo que veio da Raízen. Ele assumirá o cargo em 1º de abril. O novo presidente, que falou logo após Lutz, ressaltou que sua gestão representará uma continuidade.

“Não nos assustamos nas crises anteriores e não vamos nos assustar nesta”, afirmou Guimarães.

"Ele afirmou que o grupo está inclusive “preparado para quando surgirem oportunidades nos próximos dias, meses e anos”. Guimarães ressaltou que a companhia já está posicionada para aproveitar as mudanças que estão ocorrendo no Brasil e no mundo, como os desinvestimentos da Petrobras, a mudança na dinâmica dos mercados de energia e gás natural, o avanço da geração distribuída, o crescimento da plataforma de energias renováveis, o início do programa federal RenovaBio e a transição energética voltada à redução de emissões de carbono.

“Nossa plataforma está criada. Agora temos todo o tempo do mundo para as oportunidades que estão surgindo”, afirmou.

 

Fonte: Valor Econômico - 09/03

 

Veja também