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Quando o Plene Emerald chegará ao mercado

05 de Julho de 2017

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A Syngenta não estipula data para a nova tecnologia entrar no mercado. “Quem vai nos dizer se Emerald está pronto, serão as 10 usinas que testarão o produto em 2018. Acredito que, após conferirem que nasce com consistência, que apresenta alta germinação, grande perfilhamento, analisarem o desenvolvimento do canavial, entenderem o conceito, aprenderem a lidar com a tecnologia, vão pensar em algo maior do que apenas uma área de teste”, Leandro Amaral, diretor de Marketing da Syngenta.

A proposta da Syngenta é oferecer ao setor a muda certa, no lugar certo, na hora certa. Mas para isso, a partir do momento que o Emerald estiver liberado para o mercado, a usina ou produtor terá de se programar e realizar o pedido com 1 ano de antecedência. “Precisamos ter esse tempo para que o pedido entre na linha de produção, para entregar o que o cliente quer e no prazo que ela precisa”, informa Amaral.

O setor renova por ano, quase 1,5 milhão de hectares. Amaral salienta que a Syngenta não tem a ambição de preencher toda essa área com plantio de Plene Emerald. A proposta é conquistar entre 30% a 40% desse mercado e, isso não será no primeiro ano da tecnologia lançada, mas no médio e longo prazo.

“Cresceremos conforme a necessidade das usinas e produtores”, comenta. Para Amaral, ainda haverá espaço para o plantio convencional com plantadoras mais eficientes, para o plantio de MPB e para a prática da Meiosi. Para soluções que contribuam para a evolução do setor que, em sua opinião, está mais preparado para crescer de forma ordenada, contribuindo para o sucesso do RenovaBio.

Em conjunto com as usinas, a Syngenta irá desenvolver a plantadora ideal para o Plene Emerald. Leandro Amaral, diretor de Marketing da Syngenta conta que foi fechado um acordo com uma empresa inglesa que produz plantadora de batatas, para desenvolver um projeto que será apresentado às usinas ainda no papel.

A partir das sugestões dos profissionais do setor sobre sulcação, adubação, rendimento da máquina e segurança, a fábrica inglesa desenvolverá um projeto piloto, que será utilizado, em 2018, no plantio das 10 áreas com ambientais diferentes. Nessa fase, a plantadora será testada, aperfeiçoada e chegará a um conceito final, que servirá como base para a fabricação da plantadora comercial, que será produzida por alguma empresa brasileira que fechar parceria com a Syngenta.

O desempenho da plantadora do Emerald, ressalta Amaral, deverá ser o de plantar no mínimo 8 hectares por dia, que já é o dobro do plantio atual, mas em talhões maiores, sem quebra, pode chegar a 30 hectares/dia, dependerá da quantidade de linhas que conseguir levar. O plantio atual, que utiliza cerca de 20 toneladas de cana por hectare cairá para apenas 200 quilos, pois as sementes artificiais, que pesam de 5 a 10 gramas, serão colocadas equidistantes no sulco, duas por metro.

Essa redução da quantidade de cana utilizada impactará positivamente o caixa das usinas e produtores, pois o processo irá demandar tratores com potência inferior e um número bem menor de equipamentos.

Estima-se, por exemplo, que a quantidade de caminhões necessários para o plantio irá cair de 30 para apenas um. Já as colhedoras serão extintas da operação, devido ao fato de que não será mais preciso colher mudas.

A quantidade de pessoas envolvidas será reduzida, enquanto o número de plantadoras cairá pela metade, de nove para quatro. Para melhorar a qualidade da operação, a Syngenta contribuirá na qualificação desses profissionais. O cliente poderá adquirir a máquina, ou, dependendo do contrato, a Syngenta realizará o plantio.

(Fonte: CanaOnline – 04/07/17)

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