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Produtores pedem providências contra importação de etanol

16 de Março de 2017

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Reunião dos representantes do Centro-Sul e Nordeste com o ministro Blairo Maggi

 

As entidaddes do setor Sucroenergético do Nodeste e as do centro-sul (Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul), reuniram-se, ontem (15), com o ministro da Agricultura Blairo Maggi, a fim de pedir o apoio para o retorno da tarifa de importação de etanol de 20%. As importações de etanol, principalmente, dos EUA, tiveram uma alta exorbitante este ano e tem prejudicado os produtores nacionais sem também beneficiar os consumidores. .

Os representantes do Nordeste elaboraram uma carta sobre o assunto entregue ao ministro da Agricultura, e contaram com o apoio de 19 parlamentares, representantes de 13 estados e três entidades de produtores. O ministro se comprometeu a dar prosseguimento ao pleito junto à CAMEX (Câmara de Comércio Exterior) para análise e elaboração de um embasamento técnico para justificar o pedido.

De acordo com o vice-presidente do FNS e também presidente do sindicato dos produtores de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, foi pedido urgência nos trâmites, pois têm usinas que já estão há meses sem comercializar o etanol para a distribuidora, amargando graves prejuízos,  

As importações de etanol do Brasil bateram recorde no mês de fevereiro, com 259,097 milhões de litros, contra 215,595 milhões de litros em janeiro de 2017, e 40,675 milhões de litros em fevereiro do ano passado, e o mês de março já contabiliza, também, uma alta significativa de importação de etanol. “Isto está causando uma distorção no mercado, pois tem prejudicado as vendas dos produtores nacionais e não beneficiou o consumidor com a queda do preço nas bombas”, adverte Cunha.

Algumas distribuidoras, segundo Cunha, estão lançando mão de importações desnecessárias através de artifícios de arbitragem financeira, burlando as regras do sistema de comercialização de etanol do país.

"A volta da tarifa vai colaborar para que não haja importações de etanol sem necessidade por parte de distribuidoras que se auto abastecem e deixam de comprar o produto no país", afirma Cunha.  As importações de etanol, atualmente, têm tarifa zero e entram no país, principalmente, dos EUA, que produzem o combustível do milho, diferente do Brasil que é da cana de açúcar e em todo o ciclo de produção reduz em 90% as emissões de gases do efeito estufa na comparação com a gasolina.

(Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG - 15/03)

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