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Produtores independentes de cana-de-açúcar paralisam reforma dos canaviais

11 de Maio de 2017

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O setor de plantadores independentes de cana-de-açúcar, após anos de crise, começa a se recuperar lentamente. O presidente da Orplana, Eduardo Vasconcellos Romão, lembra que, no Centro-Sul, existem 75% de produção própria das indústrias e 25% de produção independente - e desse percentual de 25% do mercado , a Orplana representa metade da produção.

Para Eduardo, a política pública do governo anterior era equivocada, o que impactou diretamente os produtores de cana. Agora, também há uma parcela de canavial a reformar, que impacta, por sua vez, a produção em si. Ano passado, porém, houve um aumento no preço do açúcar, o que ofereceu uma oportunidade aos produtores, que fizeram investimento na renovação dos canaviais, daquilo que foi possível.

Entretanto, o preço do açúcar caiu e agora os produtores estão em um "stand by" para saber como irão se encaixar neste novo contexto internacional. A reforma dos canaviais é o investimento mais alto da cultura canavieira e se torna inviável com os preços em queda.

Romão ainda destaca o Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo (Consecana), que, para os produtores independentes, tem uma maturidade de construção e é um instrumento reconhecido internacionalmente, embora sua última atualização - atualização esta que ocorre de cinco em cinco anos - não tenha atingido significantemente o cenário atual.

Agora, os produtores estão atentos à negociação da safra em curso. Para ele, os produtores têm de ter uma presença política para manter um Consecana forte que consiga remunerar o negócio dos produtores rurais.

No Consecana, os nove produtos gerados dentro da matéria-prima formam e dimensionam o preço a ser ponderado mensalmente. Hoje, o valor mensal é formulado e capturado pelo Cepea, lançado em todo final de mês.

Neste momento, segundo Romão, os desafios estão lançados no país como um todo. Ele lembra que o RenovaBio (programa do governo para atingir metas de redução nas emissões de gases poluentes até 2030) é uma oportunidade para consolidação de investimentos no setor.

(Fonte: Notícias Agrícolas – 11/05/17)

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