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Produção se mantém retraída em Minas Gerais

22 de Março de 2017

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A Sondagem Industrial de fevereiro, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), mostrou que a atividade retraiu em relação a janeiro, especialmente em função do número menor de dias do segundo mês do ano e do período de Carnaval.

Conforme explicou a economista da Fiemg, Anelise Fonseca, a retração em relação a janeiro “já era esperada” em função dos efeitos sazonais do segundo mês do ano, com menos dias e devido ao Carnaval. Por outro lado, na comparação com os resultados da pesquisa no mesmo mês de 2016, ela destacou que o estudo apontou melhora na maioria dos índices pesquisados, especialmente no que se refere às expectativas para os próximos seis meses.

A sondagem mostrou que o indicador de produção da indústria de Minas continua negativo, na casa dos 42,2 pontos em fevereiro, 1 ponto a menos do que o índice de janeiro e também em relação ao mesmo mês de 2016. O menor índice relativo à produção na divisão por porte de empresas no período foi apurado nas pequenas indústrias, com 37,7 pontos.

O indicador de nível de emprego industrial para fevereiro foi de 45,6 pontos, ficando praticamente em linha com o de janeiro e 1,1 ponto acima do registrado em idêntico mês de 2016. As empresas de médio porte apresentaram indicador abaixo da média, com 45,2 pontos, conforme apontou a Sondagem.

O indicador de estoques de produtos finais atingiu 51,3 pontos em fevereiro, 2,5 pontos a mais do que o de janeiro. O índice de estoques efetivo planejado também melhorou 1,2 ponto, na mesma comparação, o que significa que o parque industrial não conseguiu desovar estoques no período.

Como os índices ligados aos estoques permanecem acima do que as empresas consideram ideal, a tendência é de que a produção permaneça nos patamares atuais, ainda considerados baixos. De acordo com a Sondagem Industrial, o nível de uso da capacidade instalada em fevereiro foi de 36,7 pontos, 2,2 pontos de crescimento em relação ao índice de idêntico mês um ano antes (34,5 pontos).


Expectativas – Para os próximos seis meses, a expectativa é de crescimento, ainda que moderado, na demanda (52,9 pontos), na compra de matérias-primas (51,5 pontos) e nas exportações (53,4 pontos). Para a economista da Fiemg, esse otimismo sugere recuperação discreta do nível de atividade na indústria.

Anelise Fonseca destacou que a expectativa dos industriais, relativa ao emprego, ainda é negativa, ficando em 48,3 pontos em março, porém 2,6 pontos acima do indicador do mesmo mês de 2016, o que representa uma melhora. Ainda de acordo com ela, nas grandes indústrias o índice chegou aos 50 pontos.


“Isso significa que as empresas de grande porte não estão pensando em demitir. Também percebemos que o indicador de expectativas das grandes empresas está melhor que os das de outros portes e isso é importante porque, normalmente, são as grandes indústrias que puxam toda a cadeia”, afirmou.

O destaque entre as piores perspectivas dos industriais ficou por conta da intenção de investimento. O indicador referente à expectativa de novos aportes ficou em 46 pontos em março, 2,2 pontos abaixo do apurado em fevereiro. Este foi o quinto mês consecutivo que o índice superou a sua média histórica (43,4).

(Fonte: Diário do Comércio – 22/03)

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