10 de Agosto de 2018
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Embora tenha voltado a crescer em junho, a produção industrial do Estado segue com desempenho negativo no acumulado de 2018. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria extrativa puxou para baixo o desempenho nos primeiros seis meses deste ano, fazendo com que o parque mineiro apresentasse retração de 1,7% sobre igual época de 2017. No acumulado dos últimos 12 meses o resultado ficou negativo em 0,6%.
Com os números, segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sérgio Guerra, é bem provável que o setor industrial encerre o ano com desempenho negativo. Segundo ele, para que a produção industrial do Estado fechasse 2018 com crescimento, seria necessário algum evento extraordinário.
“Dificilmente teremos uma produção industrial positiva no encerramento de 2018. Vai ser complicado a indústria da transformação compensar as perdas da indústria extrativa e os números do primeiro semestre nos próximos meses. É provável que a produção geral registre estabilidade ou até mesmo queda”, avaliou.
Guerra lembrou que diante do cenário, a previsão da Fiemg é de que o setor industrial mineiro encerre o exercício com queda de 1,5% na produção sobre o ano anterior. A estimativa inicial era de um avanço de 3,3% na mesma base de comparação. A entidade reviu as estimativas tanto pelo desempenho da indústria extrativa quanto pelos impactos da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio.
O movimento grevista que parou as estradas e parte das atividades em todo o Brasil por onze dias em maio, influenciou novamente o resultado da indústria na base mensal. Conforme a PIM, a produção mineira voltou a crescer em junho, avançando 7,1% em relação ao mês imediatamente anterior. Em maio o setor havia registrado baixa de 10,2%.
Para o economista, ainda assim, o resultado mostra a fragilidade do setor industrial mineiro no atual momento. Ele destacou que, no País, o desempenho da produção de junho (13,1%) chegou a superar as perdas registradas em maio (-10,9%), enquanto em Minas Gerais, os números foram positivos, mas menores que as perdas registradas no mês anterior.
Em termos de setores, a queda de 1,7% apresentada no desempenho do primeiro semestre em Minas, foi puxada pela indústria extrativa, com recuo de 8,2%. A indústria da transformação, por sua vez, avançou 0,6%, sempre na comparação com os mesmos meses do ano passado.
Entre as atividades da indústria da transformação, destacaram-se positivamente no período: a fabricação de máquinas e equipamentos (25,3%), fabricação de outros produtos químicos (11,1%), metalurgia (3,5%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,8%).
Na outra ponta, fabricação de outros produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos registrou baixa de 13,2%, fabricação de produtos têxteis, recuo de 7,9%, e fabricação de celulose, papel e produtos de papel, queda de 4%.
Comparação mensal – Em junho, a indústria extrativa alavancou o pequeno avanço de 0,4% do parque produtivo mineiro, com aumento de 3,1% na comparação com o mesmo mês de 2017, enquanto a indústria de transformação teve perda de 0,5%. Entre as atividades, o destaque positivo no período, mais uma vez ficou com máquinas e equipamentos, com alta de 34,4%. O negativo ficou com produtos têxteis, com queda de 13,3%.
Fonte: Diário do Comércio – 10/08/2018
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