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Preços para o produtor já começaram a aumentar

19 de Fevereiro de 2018

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O crescimento da demanda doméstica por etanol hidratado da metade de 2017 para cá começou a tirar os preços do etanol dos baixos patamares em que estavam, mas no último trimestre do ano o valor médio recebido pelas usinas continuavam menores que no mesmo período de 2016.

Isso porque, em 2016, as usinas ainda estavam isentas de PIS e Cofins sobre o produto. Em 2017, a alíquota de R$ 0,12 por litro voltou e, em 21 de julho, foi elevada para R$ 0,1309.

Para as usinas de São Paulo, o preço médio recebido entre outubro e dezembro de 2017 foi de R$ 1,6478 o litro, 11,7% abaixo do mesmo período do ano anterior, conforme o indicador Cepea/Esalq.

Além disso, a retomada dos preços no segundo semestre se deu sobre uma base muito baixa, já que a demanda estava fraca e as importações até o início da safra haviam elevado a disponibilidade interna.

A venda do etanol a preços menores afetou o resultado da Raízen Energia, cuja receita com o biocombustível diminuiu 11%, para R$ 1,677 bilhão. Já São Martinho e Biosev compensaram a queda do preço recebido com o aumento dos volumes vendidos.

Entretanto, as perdas não devem se repetir no quarto trimestre desta safra 2017/18 (janeiro a março), uma vez que os preços recebidos pelas usinas já estão superando os do mesmo período da safra passada.

No acumulado deste trimestre (até 16 de fevereiro), o valor médio do indicador Cepea/Esalq para o hidratado nas usinas de São Paulo foi de R$ 1,8409 o litro, 10,7% a mais que a média do quarto trimestre de 2016/17.

A diferença deverá favorecer principalmente as empresas que carregaram etanol em seus estoques para este trimestre, como Raízen e São Martinho.

Fonte: Valor Econômico - 19/02/2018

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