12 de Dezembro de 2018
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Na comparação com o mês passado, a gasolina ficou 4,7% mais barata, em média, para os consumidores. O resultado foi apurado na primeira prévia de dezembro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas. Em novembro, o combustível havia marcado alta de 0,75%.
No atacado, houve queda de 14,9% em dezembro e de 3,6%, em 12 meses. Isso indica que os motoristas ainda poderão ser beneficiados por novas reduções que, por enquanto, atingem apenas as refinarias.
A Petrobrás começou a baixar seus preços de produção em outubro para acompanhar as oscilações do petróleo no mercado internacional. Mas esse declínio não chegou às bombas na mesma proporção. “Essa queda tende a ser gradual. Os preços, normalmente, sobem mais rapidamente do que caem. O determinante é a competição”, avaliou o economista André Braz, da FGV.
A percepção de que o produto está ficando mais barato é ainda mais lenta, porque, ao longo do ano, a gasolina ainda acumula alta de 9,5%. O consumidor sabe que paga mais pelo combustível neste mês do que pagava em janeiro, ressalta.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina custa, em média, R$ 4,505 em todo o País. Em São Paulo, sai por R$ 4,291. No início do mês passado, era vendido a R$ 4,658 na média do Brasil e a R$ 4,452 no mercado paulista. Houve, portanto, uma retração de 3,3%, no País, e de 3,6%, em São Paulo.
Deflação
A primeira prévia do IGP-M de dezembro registrou deflação de 1,16%, após ter recuado 0,11% na em igual leitura de novembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 7,45% no ano e avanço de 7,45% em 12 meses. Os preços no atacado recuaram 1,70% (de -0,31%) e no varejo, 0,16%, depois de alta de 0,30%. A única alta, de 0,06%, foi captada na construção civil, na comparação com 0,29% anteriormente.
Segundo Braz, ainda há muita ‘gordura’ acumulada nos preços da gasolina para queimar este ano. “De novembro para dezembro houve uma desaceleração forte, mas não o suficiente para apagar o acumulado em 2018”, avalia, acrescentando que a continuidade de arrefecimento nos preços é um desafio para o próximo ano.
“Se o índice não continuar desacelerando ao longo do primeiro trimestre e a atividade econômica avançar, a compra de insumos se dará num nível mais alto. Seria bom ter preços mais baixos quando a economia começar a crescer”, destaca o economista.
O Estado de S. Paulo - 12/12/2018
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