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Por que o RenovaBio precisa ser aprovado

05 de Maio de 2017

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O RenovaBio precisa ser colocado em prática o quanto antes. Lançado em dezembro passado pelo Ministério de Minas e Energia, o plano pretende criar os alicerces para o setor de biocombustíveis.

Oficialmente, seu objetivo é expandir a produção de biocombustíveis baseada na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social, e compatível com o crescimento do mercado.

Após período de audiência pública, o programa entra na fase de formatação, com a participação de instituições ligadas ao setor sucroenergético e também de outros setores da indústria nacional.

Mas em um Brasil politicamente conturbado, fica difícil saber quando e se o programa entrará em vigor.

O RenovaBio é estratégico para inserir o etanol no mercado de forma sustentável. Poderá regulamentar, por exemplo, o acesso de concorrentes do biocombustível.

É o caso do anidro dos EUA, que favorecido pelo preço menor diante o etanol brasileiro, ganhou escala nas importações. Apenas nos dois primeiros meses deste ano, importamos 50% de todo o etanol comprado lá fora ao longo de 2016.

O setor precisa do RenovaBio porque 2017 caminha por conta do déficit mundial de açúcar. Mas a escassez do adoçante pode deixar de existir em 2018, por conta do avanço da produção da Índia e mesmo do açúcar de beterraba de países europeus e da Ucrânia.

Por isso é preciso formatar o mercado de etanol para os próximos anos. Só com regras estabelecidas, o setor sucroenergético terá condições de retomar investimentos sólidos em tecnologias e ganho de produtividade dos canaviais.

Responsabilidade o setor sucroenergético possui de sobra. Basta conferir quem integra a cadeia produtiva que é centenária no açúcar e chega aos 44 anos em excelência da produção de etanol, desde a criação do Proálcool, em 1973.

(Fonte: Jornal Cana – 04/05/17)

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