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Por que a revolução do carro elétrico pode demorar mais do que o previsto?

03 de Dezembro de 2019

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Um relatório divulgado pelo MIT diz que os veículos elétricos podem demorar mais de uma década — ou nunca atingir o mesmo preço do que os movidos a gasolina, se tiverem baterias de íon-lítio (a tecnologia de armazenamento de energia que alimenta parte dos produtos eletrônicos de consumo atuais). Elas são caras e representam cerca de um terço do custo total da fabricação do carro.

O resultado contradiz outros grupos de pesquisa, que concluíram que os veículos elétricos poderiam alcançar paridade de preço com os movidos a gasolina nos próximos cinco anos.

No entanto, a diferença de preço prevista no relatório do MIT pode impedir que as pessoas façam a migração para veículos de menor emissão — exigindo que os governos aumentem subsídios ou adotem medidas mais rigorosas para aumentar a compra de veículos elétricos.

A estimativa mais difundida no mercado diz que o custo das baterias de íon-lítio deverá cair dos atuais US$ 300 por quilowatt-hora para US$ 100, em 2025 — ou até antes. Mas o estudo "Insights in Future Mobility", do MIT, diz que essa previsão depende da estabilidade do custo dos insumos.

Segundo a pesquisa, os custos deverão cair apenas para US$ 124, por volta de 2030. A essa valor, o "custo total de propriedade" do carro elétrico seria comparável ao movido a gasolina.

A boa notícia é que um número crescente de fabricantes em todo o mundo está migrando para veículos elétricos, lançando modelos e preços diferentes. A Ford, por exemplo, apresentou um SUV elétrico que chegará às salas de exposições no próximo ano, apelidado de Mustang Mach E. Audi, Jaguar, Mercedes-Benz e Tesla também introduziram SUVs movidos a bateria, atendendo ao gosto dos consumidores por veículos maiores. O crescente interesse dos fabricantes aumenta a demanda, mas, mais do que isso, dá escala de produção e aumenta o interesse econômico na pesquisa por baterias mais eficientes e baratas.

Fonte: Época Negócios - 02/12

 

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