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Polo canavieiro concentra metade das startups de agronegócio do Brasil

18 de Janeiro de 2017

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O Estado de São Paulo, responsável por mais de 55% da produção nacional de cana-de-açúcar na safra 2015/2016, abriga 37 das 74 empresas de tecnologia recém-criadas no país com atividades voltadas exclusivamente para o agronegócio.

Segundo um levantamento divulgado recentemente pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), 15 destas companhias estão instaladas no AgTech Valley, ou Vale do Piracicaba, um conglomerado de startups para a agricultura inspirado no Vale do Silício, na Universidade de Stanford (EUA), onde atuam companhias como Facebook, Apple e Google.

O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica/SP), Alfred Szwarc, destaca o pioneirismo da iniciativa lançada em maio de 2016 com o objetivo de integrar o trabalho de diversas empresas e intuições de pesquisas localizadas no município paulista.

“O projeto cria uma rede importante de relacionamento, dá mais visibilidade aos diversos agentes que compõem a Agtech Valley. Isso poderá resultar em novas oportunidades de investimentos em soluções que no futuro poderão garantir a posição de destaque do Brasil no atual mapa do agronegócio mundial”, afirma o especialista.

De acordo com outros dados revelados pelo censo da ESALQ, as 15 startups focadas em biotecnologias, agricultura de precisão e softwares para gestão que atuam em Piracicaba representam 18,6% do total de iniciativas dessa natureza no País. A região soma mais empresas do que o restante dos estados brasileiros. O ranking é formado por SP (37), Minas Gerais (13), Paraná (7), Santa Catarina (6), Rio Grande do Sul (5), seguidos do Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Amazonas e mais o Distrito Federal, todos com uma companhia cada.

Em relação à idade média da equipe de fundadores, a investigação feita pela ESALQ revela que 44% possuem entre 31 e 40 anos, 25% têm de 26 a 30 anos, 16% estão com mais de 40 anos, 12% situam-se na faixa 21-25 anos e 3% ainda não chegraram aos 20 anos. Dos integrantes com expertise técnica, 53% completaram o ensino superior.

Para os novos empresários do ramo tecnológico do universo agro, a ideia de montar startups surgiu predominantemente durante a vida acadêmica (21%) ou em empregos anteriores (21%). Para o restante dos entrevistados, a inspiração surgiu na observação de outros mercados (20%), demanda não atendida como consumidor (15%), outros (11%), hobby (6%) e vivência com negócios familiares (6%). Dentre as principais dificuldades enfrentadas pelas novas empresas, estão: capital inicial para investir na ideia (66%), conquista dos primeiros clientes (49%) e a não dedicação full-time ao negócio (48%).

Para acessar os resultados completos do levantamento, clique aqui.


(Fonte: Unica/SP)

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