08 de Março de 2019
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 7, em meio aos contínuos cortes de oferta do óleo liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e sanções dos Estados Unidos contra os exportadores Venezuela e Irã. Além disso, os investidores reagiram aos números da commodity nos EUA divulgados, na quarta-feira, pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).
O petróleo WTI para abril fechou em alta de 0,78%, a US$ 56,66 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio subiu 0,47%, a US$ 66,30 o barril, na ICE.
Entre as informações do DoE divulgadas na quarta, as que mais colaboraram com o aumento dos preços da commodity foram a queda dos estoques de gasolina e dos destilados nos EUA, cuja produção média diária se manteve em 12,1 milhões de barris.
Além disso, os preços ainda estão sendo apoiados por esforços liderados pela Opep e mais alguns países – um grupo conhecido como OPEC+ – para reter cerca de 1,2 milhão de barris por dia de petróleo, visando equilibrar os mercados. “Na nossa opinião, a estratégia da Opep é reequilibrar o mercado o mais rápido possível e encerrar os cortes até o final de junho, a fim de aumentar a produção no segundo semestre deste ano”, dizem analistas do Goldman Sachs em relatório.
As sanções americanas contra as indústrias de petróleo dos membros da Opep, Irã e Venezuela também impactaram os preços. Para além das sanções, a PdVSA, estatal petrolífera da Venezuela, declarou nesta semana uma emergência marítima, citando problemas de acesso a petroleiros e falta de pessoal para exportar seu petróleo, restringindo ainda mais a oferta do óleo.
Washington concedeu ainda isenções aos seus maiores compradores de petróleo – principalmente na Ásia – após retomar as sanções ao petróleo iraniano no final do ano passado, pressionando esses governos a reduzirem gradualmente as importações de petróleo iraniano. Isso ocorre no mesmo momento em que os EUA se tornaram o maior exportador de petróleo do mundo graças à produção crescente de petróleo americano.
Estadão Conteúdo - 07/03/2019
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