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Petróleo opera em leve baixa, após uma semana de ganhos

01 de Agosto de 2017

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Os contratos futuros de petróleo operam em leve baixa nesta terça-feira, depois de uma sequência positiva. Em Londres, a commodity registrou em julho o maior ganho mensal neste ano.

Às 8h09 (de Brasília), o petróleo WTI para setembro caía 0,24%, a US$ 50,05 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro tinha queda de 0,40%, a US$ 52,51 o barril, na ICE.

Analistas dizem que uma série de notícias positivas nas últimas duas semanas, entre elas a redução nos estoques dos Estados Unidos e uma desaceleração na produção do país, aumentou a confiança dos investidores no petróleo, que vinha abalada pelo excesso de oferta.

"É uma combinação de coisas. Os dados dos EUA realmente mostram uma demanda muito mais forte que a esperada e um declínio rápido nos estoques", comentou Paul Horsnell, diretor de pesquisas de commodities do Standard Chartered. Segundo ele, também está claro que a Arábia Saudita continua a reduzir suas exportações e mostra comprometimento com o reequilíbrio do mercado.

No ano passado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem a Arábia Saudita como um de seus membros, se uniu a outras nações, como a Rússia, em um esforço para reduzir quase 2% da produção de petróleo global e impulsionar os preços.

Nem todos os membros, contudo, cumpriram o corte combinado. Ainda assim, os preços foram apoiados na semana passada também pela declaração da Arábia Saudita de que limitará mais sua produção e também limitará as exportações.

No geral, os preços têm sido ainda apoiados por números segundo os quais o setor de xisto dos EUA pode estar desacelerando.

Durante cerca de três anos, produtores americanos têm travado uma batalha por fatia de mercado com os membros da Opep. Antes de limitar sua produção, os membros do cartel produziam em nível recorde, em uma tentativa de retirar produtores menores americanos do mercado. O resultado, porém, foi um salto nos estoques globais e preços nas mínimas em 13 anos.

Na segunda-feira, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informou que a produção de petróleo do país cresceu 0,6% em abril, atingindo sua média diária mensal mais alta neste ano. Os dados também revelaram, porém, que o crescimento pode perder fôlego, já que o avanço registrado em maio foi o segundo menor de 2017.

Alguns investidores esperam que os números signifiquem que os produtores com maiores custos nos EUA possam reduzir a produção, no ambiente de preços ainda fracos. Outros especialistas mostram-se mais cautelosos, já que a produção petrolífera dos EUA depende das decisões feitas pelas companhias de xisto do país.

(Fonte: Dow Jones Newswires – 01/08/17)

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