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Petróleo fecha sem direção única com tensões globais e relatório do DoE

01 de Março de 2019

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O petróleo fechou sem direção única o pregão desta quinta-feira, 28, em meio a tensões geopolíticas e indicadores chineses que voltam a ecoar os temores com a desaceleração global. Além disso, investidores acompanharam uma atualização do relatório com perspectivas de curto prazo para energia divulgada pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

O petróleo WTI para abril fechou em alta de 0,49%, a US$ 57,22 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para maio registrou queda de 0,41%, a US$ 66,31, na Intercontinental Exchange (ICE). O contrato do Brent para abril, com vencimento hoje, recuou 0,54%, a US$ 66,03.

Com o fim abrupto da cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o resultado do índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial da China, que recuou ao menor nível desde março de 2016, o petróleo operou em queda durante o início do pregão. As tensões geopolíticas elevaram a cautela nos mercados internacionais ainda sem um acordo entre os líderes pela desnuclearização da Coreia do Norte, enquanto o indicador chinês voltou a ecoar o temor da perda de ímpeto global.

Sinalizações diversas, no entanto, fizeram os contratos futuros encerrarem o dia de forma mista. De acordo com a análise da empresa de pesquisa em energia JBC Energy, a produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu 550 mil barris por dia (bpd) em fevereiro, um declínio de 2,2 milhões de bpd desde outubro. A queda representaria um volume muito maior do que os 800 mil bpd que o cartel concordou em cortar em dezembro, em relação aos níveis de outubro.

Além disso, o DoE divulgou nesta quinta uma atualização do seu relatório de curto prazo com perspectivas para energia em que aponta que a produção global de combustíveis líquidos deverá exceder o consumo global até 2020, a despeito da redução na produção de diversos países. O DoE também elevou a previsão de produção média em 340 mil barris por dia (bpd) em 2019 e 2020 em relação aos números do relatório de janeiro. Para este ano, a expectativa divulgada no mês passado era de produção média de 12,4 milhões de bpd e, em 2020, de 13,2 milhões de bpd.

Investidores monitoraram, ainda, uma ligação telefônica entre o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, e o ministro de Energia saudita, Khalid Al-Falih, em meio às pressões de Trump pela redução nos preços da commodity. Segundo um órgão oficial russo, os dois discutiram cooperação bilateral no âmbito energético.

Estadão Conteúdo - 28/02/2019

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