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Petróleo fecha em alta pela terceira sessão consecutiva

25 de Setembro de 2020

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Os futuros do petróleo terminaram a quinta-feira (24) em alta, apoiados pelos sinais de aperto na oferta americana de petróleo bruto, apesar de preocupações persistentes de que o aumento dos casos de covid-19 no mundo levará a uma demanda mais fraca por energia.

Os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) para o mês de novembro encerraram a sessão em alta de 0,95%, aos US$ 40,31 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Já os contratos mais ativos do Brent para o mesmo mês subiram 0,40%, aos US$ 41,94 o barril, na ICE, em Londres.

Os preços da commodity registraram a terceira alta consecutiva hoje, mas os ganhos foram modestos e ainda permanecem mais baixos na semana. “Os preços do petróleo precisam de uma injeção de alguma coisa”, disse Phil Flynn, analista de mercado sênior do The Price Futures Group, em uma nota.

"O Federal Reserve quer que seja mais uma injeção de estímulo e talvez uma injeção de vacina contra o coronavírus”, disse ele. "Talvez uma nova tentativa de conformidade por parte da Opep, ou talvez precise apenas acabar o mês de setembro, onde furacões e tempestades impactaram tanto a oferta quanto a demanda", afirmou.

“Os preços do petróleo contidos e as margens de refino assustadoras indicam uma recuperação vacilante da demanda, especialmente com os casos de covid-19 subindo novamente. Mas, felizmente, a restrição de oferta da Opep e uma nova queda na oferta dos EUA no quarto trimestre de 2020 e em 2021 fornecerão uma compensação”, disse Stephen Innes, estrategista-chefe de mercados globais da AXIcorp, em uma nota.

"A queda contínua dos estoques nos EUA e os desafios para as refinarias sugerem um equilíbrio da oferta e da demanda”, disse Flynn. "Isso também indica que devemos ver o petróleo subir à medida que entramos no inverno", afirmou Innes.

Além disso, “apesar do impasse em Washington, a demanda de petróleo deve se recuperar e enfrentaremos um mercado globalmente equilibrado, que deve impulsionar preços mais altos”, disse o estrategista, embora “o risco para esta previsão seja um shutdown maciço” relacionado à pandemia da covid-19.

 

Fonte:  Valor Econômico - 24/09

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