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Petróleo fecha em alta, apesar de dados de estoque de gasolina

17 de Janeiro de 2019

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Os preços do petróleo se recuperaram perto do fechamento da sessão desta quarta-feira (16), depois de quedas em boa parte do dia por causa do aumento nos estoques de gasolina nos Estados Unidos na semana passada.

Em Nova York, o contrato WTI com vencimento em fevereiro fechou em alta de 0,38%, a US$ 52,31 o barril. Na mínima, o WTI caiu 1,63%. Em Londres, o Brent (março) subiu 1,12%, a US$ 61,32 o barril. O Brent desvalorizou 1,01% na mínima do dia.

 Mas esse fator positivo contrastou com o salto na disponibilidade de gasolina e outros produtos refinados. No total, os estoques de petróleo e de derivados saltaram mais de 5 milhões de barris, para 1,26 bilhão de barris, maior valor em três meses.

Os estoques de gasolina subiram 7,5 milhões de barris, para 256 milhões de barris, na sétima semana consecutiva de alta e para o maior estoque desde fevereiro de 2017. Ao mesmo tempo, a gasolina fornecida ao mercado, uma “proxy” para a demanda, caiu para 8,6 milhões de barris por dia na semana passada, 1,2% abaixo do mesmo período do ano passado.

Ainda em “bull market”

Tanto o WTI quanto o Brent estão cerca de 20% acima das mínimas atingidas em dezembro (o chamado “bull market”), diante da melhora do sentimento em relação ao crescimento econômico global (que costuma ser acompanhado de maior demanda por petróleo) e de sinais de redução do excesso de oferta da commodity.

“O desempenho do mercado de petróleo até agora em 2019 tem sido espetacular”, afirma Rob Haworth, estrategista sênior de investimentos da U.S. Bank Wealth Management. “Os cortes de produção da Opep entraram em vigor em 1º de janeiro. Se a Opep puder manter sua disciplina, deverá ser capaz de reduzir o moderado excesso de oferta.”

Opep

A Opep e dez produtores parceiros (estes liderados pela Rússia), concordaram, no início de dezembro, em diminuir a produção de petróleo em 1,2 milhão de barris diários ao longo do primeiro semestre deste ano. Espera-se uma revisão do acordo para meados de abril.

“O mercado ainda está em modo de espera, já que levará mais algumas semanas para que esses cortes sejam visíveis”, diz Jakob, da Petromatrix.

Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita – líder “de facto” da Opep e maior exportador mundial de petróleo bruto – sinalizou que continuará reduzindo as exportações para conter o excesso de oferta global.

A Opep divulga nesta quinta (17) seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo. Na sexta-feira (18), é a vez de a Agência Internacional de Energia publicar documento semelhante. A Baker Hughes informa também na sexta-feira sua contagem semanal de sondas de petróleo em atividade nos EUA.

Fonte: Valor – 17/1

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