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Pesquisador analisa aplicação de herbicidas em canavial em época seca e em época chuvosa

01 de Dezembro de 2016

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Com a expansão da cultura da cana-de-açúcar para grandes áreas, surgiu a necessidade de aplicar herbicidas tanto no período seco quanto no chuvoso, inclusive para poder aproveitar melhor a estrutura operacional das máquinas. Porém, as aplicações em cada uma dessas duas épocas apresentam tanto vantagens quanto desvantagens.

O professor associado do Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Jacob Christoffoleti, aponta que, durante o período úmido, a ativação do produto ocorre imediatamente após sua aplicação, devido à presença de umidade no solo. Além disso, nessa época, a cana apresenta um crescimento mais rápido, sendo que o fechamento do canavial também ocorre de forma mais veloz, fazendo com que o herbicida não precise de um residual tão longo.

“Por outro lado, na estação chuvosa, as plantas daninhas têm germinação e emergência mais rápida, fato que exige o correto timing da aplicação e, muitas vezes, a associação de herbicidas com ação em pré e pós-emergência.” O pesquisador afirma que, por conta disso, a atenção na hora de formular a dose deve ser redobrada, pois doses erradas podem causar alta toxicidade à cultura.

Com relação à aplicação no período seco, as vantagens incluem o não acúmulo de áreas para as aplicações na época úmida, a otimização de pessoal e maquinário e um maior auxílio no planejamento da safra. “Porém, nesse período, os herbicidas precisam ser aplicados em doses maiores (15 a 20% acima do normal), devendo possuir, também, grande residual de, pelo menos, 120 a 150 dias”, afirma Christoffoleti.


(Fonte: CanaOnline – 01/12)

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