31 de Outubro de 2019
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A Arábia Saudita convidou informalmente o Brasil para se juntar à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse o presidente Jair Bolsonaro - um sinal da crescente importância do país como produtor e do desafio que se impõe à influência do cartel nos mercados de petróleo.
Segundo Bolsonaro, o convite foi feito após realizar reuniões nesta semana com autoridades sauditas, incluindo o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman.
“É o primeiro passo para talvez implementar essa política no Brasil", disse Bolsonaro, acrescentando que precisaria consultar a equipe econômica e o Ministério de Minas e Energia antes de concordar em participar do cartel. Ele chegou a afirmar durante painel da conferência Future Investment Initiative, em Riad (Arábia Saudita), que estava ansioso para o país aceitar o convite.
Se ingressar, o Brasil poderá se tornar o terceiro maior produtor da Opep, atrás de Arábia Saudita e Iraque. A crescente produção brasileira está complicando o esforço do cartel em sustentar os preços do barril diante da alta da oferta dos campos de xisto dos EUA e da perda de força da demanda global.
O Brasil e o cartel, segundo Bolsonaro, poderiam formar "uma grande parceria" ajudando a estabilizar os preços globais de combustíveis fósseis.
Em 2009, o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o país foi convidado oficialmente para ingressar na Opep.
O Brasil produziu 2,71 milhões de barris por dia em 2018, segundo a Agência Internacional de Energia, que prevê que a produção do país chegue a 2,9 milhões neste ano e 3,22 milhões em 2020.
Fonte: Valor – 31/10/19
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