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Operação contra fraude em combustíveis investiga empresas em SP

03 de Setembro de 2018

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Empresas de várias cidades do estado de São Paulo estão entre os alvos da primeira fase da Operação Gato por Lebre, da Secretaria da Fazenda, deflagrada na quinta-feira (30), que investiga fraudes em combustíveis. (Confira os postos e cidades fiscalizados abaixo)

A secretaria fiscaliza simultaneamente 38 estabelecimentos do Estado para apurar a utilização do metanol na adulteração de combustíveis.

O metanol é muito aplicado na indústria química como solvente e como componente para a fabricação de diversos produtos plásticos e farmacêuticos. Caso o seu manuseio não seja feito com a devida proteção, o produto pode provocar a cegueira e até mesmo a morte.

Segundo a Fazenda, o metanol é usado na fabricação de combustível, porém, de acordo com as normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a adição em qualquer tipo de combustível acima de 1% em volume é proibida devido ao seu alto teor de toxidade.

Desvio do produto

As investigações apontam a possível simulação de operações e o desvio do produto, o que teria causado prejuízo de cerca de R$ 83 milhões aos cofres paulistas ao longo de quatro anos, considerando apenas o ICMS devido nas importações ao Estado de São Paulo.

Denúncias e análises feitas com base nas notas fiscais eletrônicas apontam que o metanol importado transita por uma cadeia de fornecimento, que tem como destino final empresas de fachada em São Paulo e em outros estados.

Ainda conforme a Secretaria da Fazenda, a estrutura documental e simulada estaria sendo utilizada para desviar o metanol para depósitos clandestinos - conhecidos como batedeiras - ou fabricantes de etanol para adulterar combustíveis.

Investigação

O trabalho é baseado em coletar documentos e arquivos digitais para instaurar um procedimento administrativo de cassação, embasar lavratura de autos de infração, além de promover a imediata suspensão preventiva em estabelecimentos não localizados, impedindo a emissão de notas e a comercialização do produto.

Na segunda fase da operação, os trabalhos serão aprofundados e serão adotadas medidas preventivas para certificar que o metanol alcance destinatários reais, evitando o seu desvio para adulteração de combustíveis.

Ao final da operação, as empresas envolvidas poderão ter as as inscrições estaduais cassadas para garantir o pagamento dos impostos devidos, evitando a utilização do metanol para finalidades ilícitas. A ação envolve 12 das 18 delegacias regionais tributárias do Estado.

Fonte: G1 – 03/09/2018

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