23 de Janeiro de 2017
Notícias
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e as autoridades do governo da Rússia disseram ontem (22) que fizeram progressos no plano de reduzir a produção de petróleo bruto para sustentar os preços mundiais da commodity.
A reunião foi realizada para determinar os próximos passos do grupo que busca reduzir em cerca de 2% o fornecimento global de petróleo no mercado mundial.
Os membros da Opep, ontem, estimaram que o nível de conformidade do plano de cortes está em 80%. Esta é uma taxa superior à registrada em 2009, quando o cartel tinha uma taxa de conformidade de cerca de 57% ao mês após o acordo de cortes.
“A única taxa aceitável é de 100%” do cumprimento do acordo, disse o ministro do petróleo do Kuwait, Essam Al-Marzouq, que lidera o comitê de monitoramento.
O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, disse que 13 países da Opep e mais 11 produtores fora do cartel fizeram cortes que somaram 1,5 milhão de barris por dia desde que os acordos foram assinados no final de novembro e início de dezembro.
Os preços do petróleo subiram quase 20% desde que esses acordos foram feitos, apesar do ceticismo generalizado sobre se a Opep e outros produtores iriam seguir adiante.
Falih também fez comentários sobre a política energética do governo americano do presidente Donald Trump, que afirmou que os Estados Unidos buscarão a independência da Opep, mas que manterão relações estreitas com os aliados no Golfo Pérsico para combater o terrorismo.
“Nós, na Arábia Saudita, ansiamos trabalhar de perto, de forma cooperativa e construtiva com a entrada da administração Trump, especialmente na área de energia”, disse neste domingo o ministro.
As estimativas foram divulgadas à medida que a Opep organiza a primeira reunião para monitorar o cumprimento de seu regime de corte de produção. Nem todos os membros da Opep estavam presentes no encontro — apenas Arábia Saudita, Qatar, Venezuela, Kuwait e Argélia, além de não-membros Omã e Rússia.
Os países anunciaram avanços, incluindo um comitê de acompanhamento adicional que incluirá a Arábia Saudita e se reunirá a cada dois meses. A conformidade com os produtores não-Opep será determinada por um exame dos dados fornecidos por cada governo e uma avaliação de outras fontes, tais como rastreadores de navegação, comerciantes e agências de preços.
Falih reiterou que seu país — o maior exportador mundial de petróleo — já havia reduzido a produção em mais do que o prometido, para menos de 10 milhões de barris por dia. Ele previu mais cortes em fevereiro e disse que a produção não iria voltar acima de 10 milhões de barris por dia.
(Fonte: Dow Jones Newswires – 23/01)
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