02 de Março de 2020
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A Organização Internacional do Açúcar (OIA) previu nesta sexta-feira um déficit global de açúcar de 9,44 milhões de toneladas na temporada 2019/20, o maior em 11 anos.
O déficit estimado é significativamente maior do que a previsão anterior de 6,12 milhões, divulgada pelo órgão intergovernamental em novembro.
“O aumento (no déficit) pode ser atribuído principalmente à produção menor do que a projetada anteriormente na Tailândia e na Índia, entre outros, que pode ser parcialmente compensada por uma safra recorde na Rússia e pela perspectiva de aumento da produção no Brasil”, afirmou a OIA em uma atualização trimestral.
Os preços do açúcar bruto atingiram uma máxima de quase três anos no início deste mês, quando chegaram aos 15,90 centavos de dólar por libra-peso, diante de preocupações com o crescente déficit. Desde então, porém, as cotações cederam e retomaram o nível de 14 centavos, pressionadas por temores de que a epidemia de coronavírus possa afetar o crescimento global.
A OIA estimou a produção mundial de açúcar em 166,7 milhões de toneladas nesta temporada, queda de 4,8% em relação ao ano anterior, e projetou consumo de 176,1 milhões de toneladas, alta de 1,3% ante a temporada passada, mas abaixo da média histórica de 10 anos, de 1,5%.
O amplo déficit vai impactar os estoques globais do adoçante, que a OIA espera que recuem em 9,1 milhões de toneladas, número que se aproxima da diminuição recorde verificada em 2008/09. Isso deixaria a relação estoques finais/consumo em 48%, versus 53,8% anteriormente.
“Caso se confirme, esta seria a menor proporção (estoques/consumo) desde 2011/12. O preço médio naquela temporada foi de cerca de 18 centavos por libra-peso”, destacou a OIA.
Fonte: Reuters – 28-02
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