04 de Setembro de 2017
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A União Europeia (UE) deu a garantia de que fará no começo de outubro sua oferta agrícola ao Mercosul, e vai incluir acesso para carne bovina e etanol, informou ao Valor o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. O ministro passou por Bruxelas, Londres e Paris, antes de se juntar à delegação do presidente Michel Temer na China. Na capital belga, deixou claro que sem carne bovina, etanol e açúcar não poderia haver acordo.
Em Paris, o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves le Drian, observou que um acordo com o Mercosul gera repercussões políticas no país, em razão da sensibilidade do setor agrícola, mas que é preciso colocar logo as cartas na mesa, nos dois lados.
Para o ministro brasileiro, um acordo vai ajudar a quebrar o que chamou de "mito" de ameaça das exportações do Mercosul, lembrando que a França faz exportações significativas de produtos agrícolas para o Brasil e o resto do Mercosul, incluindo defensivos agrícolas.
Em Bruxelas, a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, e outras autoridades reafirmaram a importância política do acordo birregional, ainda mais no contexto atual, com as tendências isolacionistas do governo de Donald Trump.
Em Londres, o chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, lembrou que o Reino Unido continua apoiando o acordo com o Mercosul. Uma vez que o Brexit (saída da UE) se concretize, Londres vai querer utilizar o acordo UE-Mercosul como o ponto de partida para um entendimento mais audacioso com o bloco do Cone Sul.
No quarto trimestre, deverá ser realizada no Brasil a cúpula UE-Brasil. É quando se espera o impulso final para o anúncio de um pré-acordo em seguida à conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Buenos Aires.
Por sua vez, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, informou que planeja ir aos EUA no fim do mês ou início de outubro para conversar com autoridades americanas e evitar que o aço brasileiro sofra com uma eventual sanção, que teria como alvo sobretudo a China
(Fonte: Valor Econômico - 01/09/17)
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