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O Acordo de Paris daqui para frente

25 de Julho de 2017

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Antes da Revolução Industrial, o planeta Terra possuía 1 bilhão de habitantes. Atualmente, somos 7 bilhões e caminhamos a passos largos para chegar em 9 bilhões. Produzir alimentos e energia por todo este período para atender uma população em constante crescimento e evolução, com certeza, é um desafio e, infelizmente, vem trazendo muito impacto para o meio ambiente. Com isso, a criação de políticas e medidas para amenizar os impactos provocados pelo ser humano no meio ambiente se tornou obrigatória. Diante deste cenário, em 2015, surge o Acordo de Paris, pacto global que substituiu o Protocolo de Kyoto.

O Acordo de Paris pode ser considerado o primeiro pacto de alcance mundial para combater as mudanças climáticas e o aquecimento global. Trata-se do comprometimento da comunidade internacional para limitar o aumento da temperatura ao teto máximo de 2ºC em relação aos níveis da era pré-industrial e a continuar os esforços para limitar este aumento da temperatura a apenas 1,5ºC. O objetivo implica numa redução drástica das emissões dos gases causadores do efeito estufa, com medidas como economia de energia, maiores investimentos em energias renováveis e reflorestamento. O acordo também prevê que os países mais ricos ajudem financeiramente os mais pobres a se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas e na adoção de fontes renováveis de energia.

O acordo foi assinado por 196 países, incluindo a Autoridade Nacional Palestina, dos quais 147 o ratificaram oficialmente. Entrou em vigor no dia 4 de novembro de 2016 após atingir o mínimo de 55 ratificações, representando 55% das emissões globais de gases do efeito estufa.

No último mês, porém, o Acordo de Paris voltou às manchetes de todo o mundo quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do país do acordo. Ele alegou que o pacto seria prejudicial para o país. Segundo Trump, o acordo levaria ao fechamento de fábricas norte-americanas e a exportação de empregos da indústria carvoeira para outros países.

A comunidade internacional temeu pelo enfraquecimento do acordo, já que os Estados Unidos são o segundo maior país emissor de gases do efeito estufa, responsável por cerca de 15% das emissões globais de carbono. A saída dos norte-americanos dificulta o cumprimento das metas estabelecidas e também pode incentivar outros países a questionarem e deixarem o acordo. Com a saída dos Estados Unidos, a China passa a liderar as discussões globais sobre as mudanças climáticas.

(Fonte: Cana Online – 25/07/17)

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