Notícias

Novos programas miram pesquisa no setor automotivo

19 de Setembro de 2019

Notícias

O governo vai lançar oficialmente amanhã seis programas prioritários para o fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor automotivo, assim como para endereçar problemas relacionados à produtividade e competitividade, como previsto no Rota 2030 política de incentivo ao setor. A expectativa é que essas iniciativas recebam até R$ 200 milhões neste ano.

Cinco entidades serão responsáveis pela gestão dos projetos: Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor médio de recursos destinado por entidade deve ser de até R$ 40 milhões.

O diretor do Sindipeças e representante da entidade no comitê gestor do PPP do Rota 2030, Gábor Deák, explicou que a assinatura dos acordos é um marco para setor pois o programa incentiva a investimento em pesquisa, sem dar margem para questionamentos de organismos internacionais como aconteceu no Inovar-Auto (política setorial que antecedeu o Rota 2030).

Além disso, na avaliação de Deák, permitirá que os recursos já recolhidos de indústrias que importaram peças que não são produzidas no país comecem a ser destinados para o investimento de pesquisa e inovação.

A expectativa é que no fim de outubro os recursos já cheguem nas entidades gestoras dos projetos. A fonte de custeio dos programas prioritários é a contrapartida à isenção do Imposto de Importação prevista no regime de autopeças não produzidas no país. Para se beneficiar com a isenção, as empresas habilitadas ao regime especial precisam aportar 2% do valor das importações nos programas selecionados pelo Conselho Gestor dos Programas Prioritários e credenciados pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade.

Nessa política, as empresas importadoras habilitadas escolhem um ou mais dentre os programas previamente credenciados e realizam mensalmente os aportes, na proporção de suas importações. Esse recurso não passa pelo governo, uma vez que a importação dessas peças, segundo a lei, é isenta. O governo, com auxílio do conselho gestor, faz o acompanhamento e monitoramento da execução dos programas.

O diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, explicou que, caso uma empresa queira desenvolver um projeto de inovação, como uma bateria para um projeto de carro elétrico, pode se habilitar no programa prioritário e procurar uma das cinco entidades selecionadas, que irá ajudar a desenvolver a peça para o carro elétrico. Além de desenvolver projetos, as empresas poderão investir em novas áreas como internet das coisas, manufatura 4.0, digitalização de produção e conectividade.

 Fonte: Valor Econômico - 19/9

Veja também