25 de Outubro de 2019
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No Japão, a Nissan do Brasil revelou que a tecnologia que utiliza etanol para obter o hidrogênio necessário para os carros movidos por células de combustível já é viável comercialmente, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo. A ideia é usar o produto nacional, difundido no mercado desde o começo dos anos 80, como alternativa para o futuro.
De acordo com a empresa, que trabalha com universidades nacionais e a engenharia de outras unidades da montadora, serão necessários pelo menos mais cinco anos de pesquisas e testes para que os primeiros carros comecem a ajustar a tecnologia para homologação.
A Nissan atualmente trabalha com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), sendo que este último está ligado à Universidade de São Paulo (USP). Além disso, as filiais dos EUA, Japão e China também participam do desenvolvimento.
Concluiu-se até agora que a cana-de-açúcar geneticamente modificada, produz um tipo de etanol (de segunda geração) que permite a exclusão do chamado reformador (cortado acima), um dispositivo que provoca a reação química necessária para geração de eletricidade nas células de combustível.
Dessa forma, esse etanol entra direto nas células e lá reage de forma a gerar a energia necessária para baterias e propulsor elétrico. Aliás, essa mudança na tecnologia chamada SOFC, permite ainda que se reduza o tamanho das células de energia para armazenamento de eletricidade e se aumente a eficiência, reduzindo naturalmente o custo.
A Nissan já acredita que essa é a melhor solução (econômica) para o futuro com carros movidos por hidrogênio. As vantagens do uso do etanol nas células de combustível são enormes, pois, o combustível já difundido em um mercado grande como o Brasil e é utilizado em alguns países, misturado com gasolina.
Além disso, sua manipulação é igual ao da gasolina e com efeitos ambientais muito menores. Bem diferente do hidrogênio puro, usado pela Toyota, Honda e Hyundai diretamente em seus carros. Eles precisam de volumosos tanques pressurizados de fibra de carbono (foto acima).
Para abastecimento, o hidrogênio requer uma estrutura cara e complexa para manter a segurança e o produto em temperaturas baixíssimas com pressão muito elevada. O risco de grande explosão é outra preocupação, como ocorreu há alguns meses na Noruega, onde um posto teve detonação com energia impressionante. Toyota e Hyundai tiveram de suspender o abastecimento no país em decorrência do incidente.
Fonte: Notícias Automativas – 24/10
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