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Na COP24, setor de biocombustíveis propõe maior mistura de etanol

17 de Dezembro de 2018

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Entidades ligadas à produção de biocombustíveis da Europa, Brasil e Estados Unidos propuseram uma mistura padrão de 10% ou mais de etanol na gasolina como contribuição para reduzir as emissões de carbono na matriz de transportes. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (14/12) pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

Segundo a entidade que representa as usinas de açúcar e etanol do Centro-sul do Brasil, a proposta foi feita na Conferência da ONU sobre o Clima (COP 24), em Katowice, na Polônia. Baseia-se no mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que destacou a necessidade de triplicar o uso de biocombustíveis nos transportes até o ano de 2030.

"Os negociadores em Katowice encontraram evidências de que o setor de transportes está drasticamente atrasado", menciona a Unica, em nota. Para a entidade que representa as usinas de açúcar e etanol do Centro-sul do Brasil, enquanto países desenvolvidos ainda discutem "de forma desnecessária" a indústria do petróleo, deixam de produzir bilhões de litros de etanol.

"O etanol não trouxe apenas redução de emissões nos transportes do Brasil, quando comparado a outros países, mas também trouxe independência econômica e desenvolvimento rural", afirma, na nota, a presidente da Unica, Elisabeth Farina.

Citado pela entidade na nota, Craig Willis, da Growth Energy, dos Estados Unidos, afirmou que o etanol é o combustível que mais contribui com o progresso climático no transporte. Mas existe ainda uma grande oportunidade de aplicação nas economias mais ricas e nas em desenvolvimento.

"O etanol anidro funciona de forma segura e eficiente em todos os veículos movidos a gasolina, reduz de 43% a 100% as emissões de gases causadores de efeito estufa se comparado ao combustível fóssil", diz ele

Globo Rural - 17/12/2018

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