21 de Agosto de 2017
Notícias
Monumentos da cidade de São Paulo amanheceram na quinta-feira (17) cobertos por máscaras cirúrgicas em um protesto contra um projeto de lei que pretende adiar a substituição da frota de ônibus da capital paulista por veículos de energia limpa.
As ONGs Cidade dos Sonhos, Minha Sampa e Greenpeace promovem o ato que, entre outros monumentos da cidade, colocou máscaras na escultura de Francisco de Miranda, na Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista.
A ideia do protesto é chamar a atenção para a possível aprovação do Projeto de Lei (PL) 300/17, de autoria do presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite (DEM), que adia por mais 20 anos a troca da atual frota de ônibus por coletivos movidos a combustíveis mais limpos.
A Lei de Mudanças Climáticas, sancionada em 2009, determinava a substituição de 10% da frota de ônibus a cada ano até que, em 2018, nenhum ônibus rodasse exclusivamente com óleo diesel. É sabido, porém, que a meta não será cumprida, já que poucos coletivos se adequaram à legislação até aqui. O cronograma de renovação dos ônibus municipais deve necessariamente ser modificado.
Entenda
A proposta do vereador Milton Leite é de que os ônibus recebam progressivamente combustível com menos diesel e filtros mais potentes nos próximos anos. Desssa forma, em 2038, a maior parte dos ônibus poluiria muito menos e haveria cerca 2 mil ônibus elétricos, movidos por energia realmente limpa na cidade - a frota tem cerca de 15 mil veículos e possui cerca de 170 ônibus movidos a eletricidade.
Os ativistas consideram a meta pouco ambiciosa e defendem, baseados em diversos estudos, que o sistema de transporte público pode, sim, ser totalmente formado por ônibus elétricos em até 7 anos.
"A tecnologia que o vereador propõe implementar até 2038 realmente polui muito menos, porém, ainda emite gases tóxicos e a proposta também não prevê sanções em caso de descumprimento, como ocorreu com a lei de 2009", afirma Davi Martins, do Greenpeace.
"O Biodiesel é um combustível que faz sentido para a transição até os elétricos. Nossa proposta é: a partir do ano que vem abastecemos todos os veículos com Biodiesel, e os mais velhos, conforme a necessidade de serem trocados, devem ser substituidos por elétricos", explica Martins.
"Hoje, o investimento inicial para a compra de um ônibus elétrico é mais alto do que o ônibus regular, entretanto, a vida do elétrico é 50% maior, o que beneficia não só o meio ambiente e a saúde das pessoas, como também as operadoras de transporte. Além disso, conforme o volume de compra aumentar, a tendência é de que os preços dos ônibus caiam, proposta que a própria indústria já sinalizou ao Executivo", completa Davi Martins, do Greenpeace.
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(Fonte: G1 – 17/08/17)
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