14 de Junho de 2017
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Uma fazenda sem produção agrícola, mas que produz energia solar em João Pinheiro, região Noroeste do Estado, é a proposta da Empresa Brasileira de Energia Solar (Ebes). “Há projetos similares no país. Só que o nosso diferencial é a comercialização de cotas, como se fosse uma assinatura, para o consumidor comercial”, diz o diretor de novos negócios da empresa, Rodolfo Molinari.
Ele explica que é como se o consumidor comercial alugasse uma parte da usina. A energia é conduzida normalmente pela distribuidora, que no caso é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), e entregue aos contratantes do modelo.
“Portanto, poderemos atender onde a Cemig opera a rede. A conta de energia vai chegar normalmente, só que vai ser abatida a cota contratada, da mesma forma como acontece com quem tem uma usina de geração de energia solar em casa atualmente”, diz.
Conforme o diretor, a primeira usina de 1 megawatt (MW) já foi finalizada e aguarda autorização da Cemig, o que deve acontecer no próximo mês. O investimento feito pelos acionistas foi de R$ 5,5 milhões.
A usina ocupa uma área de 2,5 hectares e tem capacidade para produzir 2.100 megawatts/hora (MWh) de energia por ano. Segundo Molinari, a unidade deve atender de cem a 150 clientes comerciais, de pequeno e médio portes.
O próximo passo será a viabilização de uma segunda usina na mesma fazenda, com previsão de funcionamento em dezembro deste ano. Entretanto, os planos são mais ambiciosos. O diretor conta que, num prazo de três anos, devem ser viabilizadas cem usinas de 5 MW, com investimentos de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões. “Como serão usinas maiores, poderemos atender de 500 a 750 comerciantes”, diz.
Molinari diz que a ideia é que a maior parte das cem usinas seja em Minas Gerais. “É um Estado bem propício para isso, com boa luminosidade, em especial nas regiões Noroeste e Norte”, observa.
(Fonte: O Tempo - 14/06/17)
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