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Minas necessita de R$ 264 bi para modernizar o transporte

03 de Setembro de 2018

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Fator primordial para o desenvolvimento do País, a infraestrutura de transporte está saturada, obsoleta, inadequada ou ainda por construir, gerando um entrave para o crescimento econômico.

Essa conclusão consta de levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgado no último dia 27. De acordo com a 6ª Edição do Plano CNT de Transporte e Logística, o investimento mínimo necessário para modernizar o sistema de transporte no Brasil é de R$ 1,7 trilhão, com 2.663 intervenções em estruturas rodoviárias, ferroviárias, aquaviárias e aéreas.

 Em Minas, segundo o estudo, o valor necessário seria de R$ 263,8 bilhões. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o montante chega a R$ 65 bilhões. No Estado, metrô e duplicação de rodovias são as obras que demandam os maiores investimentos.

Em Minas, que tem a maior malha rodoviária do País, o maior número de intervenções – cerca de 200 – concentra-se nas rodovias. O estudo aponta a necessidade da duplicação de aproximadamente 30 trechos, ao custo de R$ 47,2 bilhões. Entre esses segmentos está o da BR-381, entre Governador Valadares e Belo Horizonte. Conhecido como Rodovia da Morte, o trecho passa por obras, mas em ritmo lento.

Também é sugerida a construção de rodovias, entre elas a da BR-030, que liga Buritis a Montalvânia. Outras intervenções são criação de faixa adicional, sinalização e pavimentação de estradas. O estudo aponta ainda a necessidade de adequação do Anel Rodoviário, na Capital, que tem alto índice de acidentes.

Se, em Minas, as rodovias exigem o maior número de intervenções, o investimento mais alto fica por conta da área ferroviária. Só a ampliação do metrô de Belo Horizonte e região metropolitana demanda ao menos R$ 53,4 bilhões. No modal ferroviário, o estudo aponta a necessidade total de 23 obras. Entre elas está a construção do trem de alta velocidade (TAV) Belo Horizonte – Curitiba, sendo que o trecho em Minas vai da Capital a Poços de Caldas.

Ainda no modal ferroviário foi sugerida a construção de contorno ferroviário nas cidades de Santos Dumont, Itaúna, Divinópolis, Santo Antônio do Monte, Patrocínio, Corinto e Montes Claros. A remoção de invasões se faz necessária em 21 pontos de todo o Estado. O transporte de passageiro também recebeu atenção. Nesse quesito é necessária a recuperação de ferrovia de Belo Horizonte a Conselheiro Lafaiete e de Bocaiúva a Janaúba.

Para o setor aeroportuário, a principal demanda é ampliação de aeroportos. Entre as estruturas que precisam de melhorias estão as das cidades de Divinópolis, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Governador Valadares e Montes Claros.

O estudo também chama a atenção para a necessidade de intervenções no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o aeroporto da Pampulha, na Capital. Recentemente, esse aeródromo passou a receber voos de grande porte, mas as operações acabaram sendo suspensas. Uma das críticas quanto à retomada dos voos maiores foi exatamente a precariedade da estrutura oferecida. A CNT também sugere a ampliação do Aeroporto Tancredo Neves, em Confins.

Quanto às hidrovias, a obra mencionada o maior número de vezes é a construção de eclusas, espécie de comporta que funciona como elevador para fazer embarcações subirem e descerem. É apontada também a necessidade da adequação da hidrovia do rio São Francisco, de Pirapora a Juazeiro (BA).

Fonte: Diário do Comércio – 01/09/2018

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