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Miguel Tranin é reeleito como presidente da Alcopar

17 de Maio de 2019

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O engenheiro agrônomo Miguel Rubens Tranin foi reeleito para um novo mandato de três anos – de 2019 a 2022 – à frente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), sediada em Maringá (PR).

Na presidência da entidade desde 2010, Tranin responde também pela liderança de quatro sindicatos ligados ao segmento industrial, nas áreas de produção de açúcar (Siapar), etanol (Sialpar), biodiesel (Sibiopar) e cogeração de energia elétrica a partir de biomassa e gás (Sibielpar). Com 27 estruturas industriais em operação nas regiões noroeste e norte do estado, onde estão presentes em mais de uma centena de municípios, o setor gera cerca de 40 mil postos de trabalho diretos.

A diretoria presidida por Tranin, referendada por representantes das indústrias associadas no dia 26 de abril, em Assembleia Geral na sede da Alcopar, é composta também pelo vice-presidente Moacir Meneguetti, o secretário Cristiano Mesquita, o tesoureiro Rogério Baggio e diretores suplentes Hélcio Rabassi, Constante Ometto, Samuel Meneguetti, Fernando Vizzotto e Tácito Júnior. No conselho fiscal, Paulo Meneguetti, Fernando Nardine e Waldenir Romani (efetivos), Júlio Meneguetti, Antonio Sérgio Bris e João Batista Meneguetti (suplentes).

RenovaBio

Segundo Tranin, as expectativas para o segmento de bioenergia são promissoras devido a implementação do RenovaBio, o programa do governo federal que visa trazer maior previsibilidade e atrair mais investimentos e eficiência para o setor sucroenergético. “O RenovaBio será um marco para o país”, diz.

Ele acredita que o RenovaBio é uma política moderna e que levará o país a “outro patamar” em relação à segurança energética, ampliando a participação de fontes de energia nacionais e renováveis, como é o caso do etanol.

“Temos agora pela frente o trabalho de levantamento e organização das informações para certificação. Muitos players já iniciaram o processo para estar prontos até o fim do ano e começar a participar do RenovaBio em 2020”, afirma.

Projeções

No Paraná, ele vê também a retomada do plantio de cana para assegurar a estabilidade da produção às indústrias. Tranin também espera por um avanço significativo dos biocombustíveis no país, com destaque para o etanol de milho.

A previsão da Alcopar é que a safra de cana-de-açúcar 2019/20 no estado, iniciada em abril, seja mais alcooleira, por conta dos atuais patamares de preços do petróleo e também as cotações deprimidas do açúcar.

No ano passado, o combustível derivado da cana atingiu consumo recorde no Brasil, e que poderia ter sido maior não fosse pela assimetria na questão tributária.

Impostos

Tranin explica que o etanol ainda é pouco consumido nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido ao elevado nível de tributação, de 36%. Ele integra um movimento do setor bioenergético nacional que defende uma equalização das tarifas entre os estados, de 12%.

Ainda de acordo com ele, a frota de veículos do Rio Grande do Sul é maior que a dos estados do Nordeste. Segundo Tranin, a reforma tributária, que deve vir após a da previdência, deve buscar a uniformidade nas tarifas.

Concorrência

Segundo Tranin, o setor vê com preocupação os investimentos que vêm sendo realizados por Argentina e Paraguai para a produção de etanol de milho. Considerando as facilidades de exportação oferecidas no Mercosul, ele afirma que há risco de que os dois países se transformem em concorrentes diretos dos produtores nacionais em breve.

Como em ambos os países a gasolina é vendida ao consumidor sem nenhuma adição de etanol, o setor pretende pleitear ao governo brasileiro que exija dos vizinhos a criação de uma política de mistura, a exemplo do que ocorre no Brasil.

Sistema Ocepar – 16/05/2019

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