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Mercado opera estável à espera do G20

25 de Junho de 2019

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Os principais mercados globais aguardam novos desdobramentos da guerra comercial no encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e dirigente chinês, Xi Jinping, na reunião do G20 nesta sexta (28) e sábado (29).

A reunião dos líderes pode determinar o rumo das negociações em torno de um possível acordo e ditar o desempenho da economia nos próximos meses.

Com a cautela de investidores, as Bolsas globais tiveram desempenhos contidos nesta segunda-feira (24). No Brasil, o Ibovespa manteve os 102 mil pontos conquistados no último pregão e o dólar foi para R$ 3,828, leve alta de 0,07%.

Depois de fechar acima dos 100 mil pontos pela primeira vez na história e renovar a máxima em 102 mil pontos na semana passada, a Bolsa brasileira renovou a máxima durante o pregão nesta segunda. Pela manhã, o Ibovespa, maior índice acionário do país, chegou aos 102.617 pontos.

Durante o dia, o índice perdeu força e chegou a operar em queda durante boa parte da tarde. Na última meia hora de pregão, o Ibovespa voltou a registrar ganhos e encerrou com leve alta de 0,05%, a 102.062 pontos. A marca é a nova máxima de encerramento do índice, sendo 50 pontos mais alta do que o patamar de sexta.

O giro financeiro foi de R$ 12,5 bilhões, abaixo dos R$ 18,6 bilhões negociados na sexta (21), cujo pregão foi atípico para uma emenda de feriado.

O fraco desempenho da Bolsa brasileira está vinculado à cautela de investidores no mundo todo com o desenrolar da guerra comercial entre China e EUA e das tensões entre Irã e EUA.

Na Bolsa de Nova York, Dow Jones teve leve alta de 0,03% , enquanto S&P 500 recuou 0,17%. Nasdaq caiu 0,32%. Na Europa, Londres subiu 0,12% e Paris e Frankfurt cederam 0,12% e 0,53%, respectivamente.

Nesta segunda, o instituto IFO divulgou o índice de confiança dos empresários alemães, que, neste mês, foi para o seu menor nível desde novembro de 2014.

"A economia alemã está caminhando para a estagnação", afirma, Clemens Fuest, presidente do IF. Ele disse ainda que a confiança de negócios nos setores de manufatura e serviços já havia piorado.

Depois de nove anos sucessivos de crescimento, a economia alemã está em dificuldades, uma vez que as disputas comerciais e o fraco desempenho da economia mundial prejudicam os fabricantes dependentes das exportações e a demora da saída do Reino Unido da União Europeia gera incertezas.

Além disso, nesta segunda, as commodities tiveram queda. O minério de ferro caiu 1,86% e o barril de petróleo brent, 0,5%.

Fora o G20, investidores brasileiros aguardam a versão final do relatório da reforma da Previdência e o início da votação na comissão especial.

Folha de São Paulo - 24/06/2019

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