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Mercado de açúcar deve manter déficit no curto prazo, diz Raízen

29 de Novembro de 2016

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O mercado mundial de açúcar deve manter um déficit de oferta no curto prazo. A avaliação foi feita ontem (28) pelo presidente da Raízen, Luis Henrique Guimarães, durante o Unica Forum, promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar/SP, em São Paulo (SP).

Luis Guimarães disse que é difícil estimar um número para este déficit de oferta. Mesmo que o Brasil, maior produtor mundial da commodity, coloque um volume maior no mercado, não será algo significativo a ponto de provocar mudanças no quadro atual de oferta e demanda.

Em entrevista concedida depois de participar de um dos painéis do evento, Guimarães também reiterou demandas da indústria em relação ao mercado de etanol. Para ele, o Brasil precisa definir uma política de Estado para o combustível de cana-de-açúcar.

"Já tem um plano claro para óleo e gás, com uma pauta muito bem liderada. Tem uma pauta muito clara para a energia elétrica", disse, voltando a citar como exemplos a diferenciação tributária do etanol e a necessidade de definir a participação na matriz energética do Brasil.

O presidente da Raízen disse ainda acreditar que em até dois anos a planta de etanol de segunda geração da companhia deve estar operando plenamente. Segundo Luis Henrique Guimarães, a tecnologia está dominada e a produção deve crescer, mas ainda abaixo da capacidade atual.

"Estamos muito confortáveis ao dizer que a parte tecnológica está dominada. Temos alguns desafios de produtividade, mas dentro de 24 meses a planta deve estar na sua capacidade, o que vai nos permitir tomar decisões: se amplia ou não amplia. Vai depender desse cenário todo, qual vai ser o tamanho do etanol no Brasil e no mundo", afirmou.

A planta da Raízen para a produção do etanol celulósico fica em Piracicaba (SP). A usina começou a operar em 2014. A pesquisa, o desenvolvimento e a infraestrutura para as operações demandaram investimentos em torno de R$ 237 milhões.

 

(Fonte: Revista Globo Rural - 28/11)

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