28 de Janeiro de 2020
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Considerando que os avanços tecnológicos dos equipamentos agrícolas motorizados caminham em direção a um menor consumo de combustível, a presença de equipamentos atualizados na frota pode contribuir para a redução de gastos com óleo diesel.
No entanto, seja máquina mais moderna ou não, o fundamental é realizar uma detalhada manutenção. José Carlos Dias, diretor automotivo e de manutenção da ACP Bioenergia, uma das maiores fornecedoras de cana-de-açúcar do País, com unidades agrícolas nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, ressalta que a operação e a manutenção têm que trabalhar juntos. “A manutenção cuida do equipamento e a operação manuseia corretamente.”
Dias conta que a ACP Bioenergia trabalha focada na redução de consumo. E dá como exemplo o aproveitamento do óleo hidráulico. “Se tem problema, coletamos esse óleo no campo, fazemos um refinamento desse óleo, descontaminação, aí dependendo da aplicação, voltamos ele para o campo. São ações pontuais. Vai fazer manutenção em campo, leva uma “batela” e na hora que for sangrar um sistema, retira o óleo”.
Ações como esta têm surtido efeito, tanto que, segundo Dias, antes uma colhedora consumia 20ml de óleo hidráulico por tonelada de cana. “Hoje trabalhamos com 009, 008 litros por tonelada. O consumo de combustível também caiu, a colhedora de cana utilizava 42 litros por hora, passou para 32 litros por hora.”
“A manutenção cuida do equipamento e a operação manuseia corretamente”, diz José Carlos Dias
A ACP Bioenergia também desenvolve práticas para diminuir o consumo antes da operação de plantio. Realizando, por exemplo, um preparo com grade intermediaria. É preciso sair dos moldes arcaicos, mas com olho em qualidade”, observa Dias.
Reduzir o consumo de diesel é fundamental para descarbonizar o processo produtivo de etanol, pelo menos para as unidades que desejarem ser credenciadas no RenovaBio e, com isso, obter os créditos de descarbonização (CBios), que serão comercializados com distribuidoras e importadoras de combustíveis fósseis, para que compensem as emissões de carbono provenientes do uso do petróleo.
Quanto mais a usina conseguir comprovar que está reduzindo suas emissões de carbono na produção de etanol, mais CBios receberá. Por isso, os gestores estão revendo as várias etapas de produção, para torna-las mais eficientes e menos carbonizadas.
Fonte: Cana Online – 27-01
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