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José Arlênio assume a Fiemg e dará continuidade aos projetos de Elisa

15 de Junho de 2020

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Ele tem ampla experiência no movimento patronal sindical

As eleições para escolha da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Minais Gerais (Fiemg) são de quatro em quatro anos, mas com mandatos divididos em biênios. José Arlênio Veneziano assumiu a presidência da Regional Vale do Rio Grande no biênio 2020/2022, na última semana de maio, enquanto Júlio Cezar da Silva e Luiz Alberto Balieiro, conhecido como Ziza, ocuparam os cargos de diretores. Ziza, juntamente com Miria Rezende, foi também diretor da entidade, na gestão anterior, presidida por Elisa Araújo. Todos são ligados ao Centro das Indústrias do Vale do Rio Grande (Cigra). 

José Arlênio tem ampla experiência no movimento patronal sindical. Tomou posse como presidente do Sindicato da Indústria da Mecânica de Uberaba (Simu), pela primeira vez, em 2003, e cumpriu mandato até 2006. Retornou, em 2015, e encerra esse ciclo, no próximo dia 29.

JORNAL DE UBERABA - Qual sua expectativa quanto à nova gestão na Fiemg - Regional Vale do Rio Grande?

José Arlênio Veneziano - As eleições para escolha da diretoria são de quatro em quatro anos, mas com mandatos divididos em dois anos. Vou dar continuidade aos projetos iniciados na gestão da Elisa Araújo, ex-presidente da Fiemg - Regional Vale do Rio Grande. Na solenidade de posse, ela mostrou 15 ações realizadas pela unidade, idealizadas pela nossa equipe. Todos são excelentes, então, me sinto muito à vontade para continuar.

JU - Como funciona a Fiemg - Regional Vale do Rio Grande?

José Arlênio - A sede da Regional Vale do Rio Grande fica em Uberaba, mas a nossa área de atuação envolve 20 municípios: Água Comprida, Araxá, Campo Florido, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Delta, Fronteira, Frutal, Itapagipe, Nova Ponte, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Sacramento, Santa Juliana, Tapira, Uberaba e Veríssimo. Nosso objetivo é fortalecer os setores produtivos da região e os sindicatos patronais filiados. Para isso, oferecemos assessoria em várias áreas, capacitações com subsídios e muitos programas de desenvolvimento. Também fazemos a interlocução entre a indústria e órgãos públicos e privados para buscar solucionar problemas do nosso segmento.

JU - Quais projetos serão desenvolvidos de imediato?

José Arlênio - Inicialmente, vamos continuar trabalhando o “Fiemg Social”, mas, agora, junto ao sindicato patronal das indústrias de Alimentação, com o objetivo de unir mulheres da indústria para beneficiar instituições carentes da nossa cidade. Outra possibilidade é o “Fiemg em Ação”, que nós já começamos a trabalhar diretamente com os municípios da nossa Regional para a estruturação dos Distritos Industriais e, agora, vamos fazer a interlocução com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). Depois, vamos investir no projeto “Vem pra Fiemg”, que é a organização de espaços publicitários, na nossa sede, para comunicar melhor os serviços que oferecemos e, posteriormente, podemos comunicar também os serviços dos nossos parceiros. Pensando nas eleições municipais, daremos continuidade ao nosso evento “Diálogo Político”. Nas últimas eleições, fizemos com os candidatos ao governo de Minas. Deu muito certo, então, agora, vamos organizar com os candidatos à prefeitura de Uberaba, para que possam apresentar suas propostas e dialogar com o setor industrial.

JU - Como a Fiemg - Regional Vale do Rio Grande está atuando para apoiar as indústrias em tempos de coronavírus?

José Arlênio - Nós temos um Conselho Estratégico na Regional Vale do Rio Grande. É um grupo composto por nove grandes indústrias, que busca, coletivamente, soluções para os entraves. Recentemente, esse grupo participou videoconferência com o prefeito de Uberaba e com líderes da Saúde, para esclarecer as dúvidas e apresentar caminhos relativos à pandemia. Nós conversamos sempre para alinhar como vamos trabalhar nesta crise, sem risco para nossos colaboradores, conforme orientação da Fiemg. Agora, estamos oferecendo teste rápido para detecção da Covid-19 para a indústria por R$ 99 a unidade.

JU - Quais os prejuízos da indústria mineira com a pandemia?

José Alênio - Os números são preocupantes. Em Minas Gerais, a produção caiu 15,9% em abril, na comparação com o mês anterior. No Brasil, a queda foi de 18,8%. Das 13 atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Estado, 10 registraram desempenho negativo, com maior destaque para veículos, produtos de metal e máquinas e equipamentos. Por outro lado, tivemos o crescimento do setor de alimentos e de produtos químicos. Estamos monitorando todos os dias os índices e estamos oferecendo todo o apoio dos nossos técnicos da Fiemg, que estão à disposição das indústrias em diferentes áreas para orientação.

JU - A ex-presidente da Fiemg - Regional Vale do Rio Grande, Elisa Araújo, declarou ser pré-candidata à prefeitura de Uberaba. Como será o seu apoio?

José Arlênio - Estou à frente de uma entidade classista e, por isso, enquanto presidente da Fiemg - Regional Vale do Rio Grande, não posso apoiá-la. Mas, claro, que, enquanto pessoa física, meu apoio é dela, assim como ela tem o apoio do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, também como pessoa física. Ele confia na Elisa, nas propostas dela, e eu também.

JU - Qual é a mensagem que o senhor deixa para o setor da Indústria e os demais setores neste momento tão frágil da economia?

José Arlênio - Enfrentamos, recentemente, ameaças de corte dos recursos do Sistema S, greve dos caminhoneiros, rompimento de barragens e desastres naturais. O impacto dessa pandemia também é gigantesco, mas, o que eu quero dizer é que nós vamos superar essa crise também, assim como superamos os outros desafios. O importante é estarmos unidos e bem atentos ao que está acontecendo no cenário econômico.

  

Fonte: Jornal de Uberaba- 14/06

 

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